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Novo chefão do Pólo Aquático sonha alto e quer Brasil entre os melhores do mundo em 2024

O diretor técnico e coordenador de seleções de pólo aquático da CBDA Rick Azevedo, o 'Rochinha' vê com confiança a nova geração do Brasil no esporte. Fora do país por 40 anos ajudando a desenvolver o pólo aquático pelo mundo, ele voltou ao Brasil com o objetivo claro: Por o Brasil entre os melhores do mundo nos próximos cinco anos. em entrevista ao site Globoesporte.com, ele detalhou seu planejamento:

"A meta é pódio olímpico em 2024. Entre 2024 e 2028 nós devemos estar sempre entre os seis melhores do mundo. Nós temos atletas nesta condição. Temos ótimos atletas sub-18, sub-20, temos fantásticos atletas" explicou Rick, que vê boas chances de sucesso tanto no masculino quanto no feminino:

"Os dois, masculino e feminino. O feminino foi abandonado muitas vezes e, pensando bem, tínhamos a Izabella Chiappini que já foi segunda melhor do mundo e é titular da Itália hoje. No momento, temos sete meninas que são titulares de universidades americanas. E podem jogar por aqui. Elas estão chegando. Elas querem jogar pela gente. Isso é legal. Nós temos qualidade, mas não temos quantidade no momento. "

E a expectativa é que essa nova geração se perca e atletas saiam para se naturalizar para defender outros países: "A ideia agora é não deixar os jogadores saírem. Os três melhores “entradores” de área nos últimos quatro ou cinco anos foram brasileiros. Felipe Perrone, pela Espanha, Tony Azevedo, pelos EUA, e Pietro Figlioli, pela Itália. Nasceram no Brasil. Vai dizer que não temos talento? Temos, temos muito talento. Só que a gente tem que fazer essas pessoas quererem jogar pelo Brasil. Eles não saem do Brasil porque eles não gostam do Brasil. Eu saí do Brasil porque vi a oportunidade de crescer como profissional e como atleta. Se vejo que aqui posso ter esse mesmo crescimento... Eu quero que o atleta vá estudar nos Estados Unidos, mas ele vai voltar. Mas o pessoal vê que é uma bagunça, que troca técnico todo ano, não tem dinheiro. Espero que no futuro isso não aconteça mais."

Ele também explicou porque o seu filho, Tony Azevedo, não foi repatriado para jogar pelo Brasil na Rio 2016 (Tony jogou cinco olimpíadas pelos Estados Unidos): "Sempre deixei em aberto ele jogar pela seleção brasileira. Ele tem dupla cidadania, ele adora o Brasil. Eu penso que ele, em 2016... Bom, ele pensou em jogar pelo Brasil, mas a maneira que eles encararam a conversa com o Tony foi errada. Nós conversamos, "é o país onde você nasceu, país dos seus pais e dos seus avós", eu disse. Mas, ao mesmo tempo, você tem que respeitar os atletas e o país pelo qual você jogou quatro Olimpíadas. É uma decisão difícil, tem que ouvir o que os dois lados têm a falar. Ele conversou com os Estados Unidos e eles falaram a coisa certa: “A gente quer que você fique aqui pela quinta Olimpíada, não só porque você é o melhor jogador, mas você também é o futuro dos nossos jogadores, os atletas pensam em você como um ídolo”. Aí ele foi querendo ouvir a mesma coisa do Brasil, mas não ouviu isso. Não vou entrar em detalhes, mas não ouviu isso. Meu filho nunca foi de jogar por causa de dinheiro. Ele sempre foi para defender a bandeira. Ele veio para cá e morou aqui durante quatro anos, ele estava interessado em fazer crescer o polo aquático no Brasil. Então para ele seria mais pontual se fizessem um programa para usar a Olimpíada de 2016 para catapultar o esporte e a próxima geração. Essa conversa teria sido válida. Mas a conversa foi: “você vai jogar essa Olimpíada, vamos tentar ganhar, depois tchau”."

Rick pontuou o que o esporte precisa para mudar e evoluir: Penso que o que precisa mudar é realmente a relação entre clubes, país e federações. Hoje o esporte está muito caro, custa muito. Os atletas não têm condições de treinar.(...)Temos que aumentar a prática nos estados. Têm atletas em todos estados do país, mas só ficamos no eixo Rio-São Paulo. Não temos técnicos suficientes. Se não me engano, na última vez que vi tínhamos menos de 30 técnicos. Num país como o Brasil. Nos Estados Unidos são 1.500, 1.800 técnicos. A Itália que é um país pequeno tem 200 ou 300. Nós temos 30. Temos que continuar investindo em técnicos, árbitros e atletas. Se fizermos isso, o salto que precisamos dar não é muito grande. Porque hoje já ficamos entre os 12 ou 13 primeiros do mundo. A diferença é que para a gente se classificar (para a Olimpíada) a gente precisa ganhar dos Estados Unidos."


foto: Sátiro Sodré/SS Press/CBDA
Com informações de globoesporte.com

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