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Surto de olho na Rússia: O que esperar dos donos da casa?




A Rússia vem para sua quarta Copa do Mundo. O país é considerado sucessor da antiga União Soviética e portanto a seleção russa só jogou seu primeiro mundial em 1994 e nunca conseguiu passar da fase de grupos em um mundial.

A tendência é repetir as eliminações na fase de grupos, já que o futebol do país teve oito anos para evoluir e, além de não empolgar, acabou tendo uma involução, o que fica claro com constantes eliminações nas primeiras fases de vários torneios.

Na melhor campanha, um décimo oitavo lugar conquistado no primeiro mundial disputado. Cair num grupo onde Brasil, Camarões e Suécia era complicado e ficou claro ao perder para a seleção brasileira - posteriormente campeã do mundo -, por 2x0. Na segunda partida contra a Suécia, derrota por 3x1 e eliminação.

Só não ficou tão ruim pois na vitória por 6x1 contra Camarões, foram estabelecidos alguns recordes que perduram até hoje. Oleg Salenko marcando cinco vezes na goleada de 6 a 1, recorde difícil de ser superado atualmente. O único gol marcado pelos africanos foi de Roger Milla, que com 42 anos e 39 dias se tornou o jogador mais velho a marcar em uma Copa do Mundo.



Última Copa, Eurocopa e Copa das Confederações

Após se classificar de maneira direta para o mundial do Brasil, com 22 pontos, a Rússia ficou a frente de Portugal e acreditou que era possível ter um bom desempenho. Acabou caindo no grupo H, com Bélgica, Argélia e Coréia do Sul. Os russos comandados por Fabio Capello fizeram uma campanha muito ruim, empatando dois jogos e perdendo um.



A geração do terceiro lugar da Euro de 2008 foi regredindo cada vez mais com o comando de Capello. Jogando um futebol extremamente pobre, ruim tática e tecnicamente, o treinador italiano foi demitido em julho de 2015, dando lugar a Leonid Slutskiy, um dos técnicos russos mais vitoriosos da última década. Com mentalidade defensiva e time fraco ofensivamente, os vexames prosseguiram na Eurocopa. Com o empate contra a Inglaterra e os tropeços contra Eslováquia e País de Gales, Leonid Slutskiy é demitido, dando lugar a Stanislav Cherchesov, que nunca conquistou um título na Rússia.

Cherchesov não apresentou nenhuma novidade nos nove amistosos disputados até então, vencendo três, empatando três e perdendo três. Começou bem a Copa das Confederações, vencendo a Nova Zelândia por 2x0 e foi só. Novamente seguindo a cartilha, duas derrotas para Portugal e México, respectivamente.

Surto de olho nos craques



Igor Akinfeev é o capitão e o nome mais experiente dessa seleção. Tem 104 jogos pela Rússia e deve se tornar o jogador com mais jogos pelo país em breve, já que o zagueiro Ignashevic tem 119 e não deve voltar a ser convocado. Apesar da falha que praticamente tirou a seleção da Copa em 2014, Akinfeev tem sido absoluto por todos treinadores desde que tem sido convocado, em 2004. É o goleiro que mantem o recorde de mais partidas sem sofrer gols dentre todos os goleiros no futebol russo.

Pelo clube, estreou em 2003 e praticamente não saiu mais, acumulando mais de 300 jogos pela equipe. Já foi eleito o melhor goleiro do futebol russo em seis oportunidades (de 2004 a 2006, de 2008 a 2010). Também foi eleito melhor goleiro jovem da Europa em 2008 e melhor jogador do ano na Rússia na temporada 2012/2013.



Aleksandr Golovin é jovem promessa do futebol russo, estava entre os 40 indicados ao melhor jogador sub-21 da Europa e tem potencial para ser um dos melhores jogadores no futuro do esporte. Não à toa times como Arsenal e Chelsea já estão atrás do jovem volante de 21 anos. Deve ser nome certo na convocação de Stanislav Cherchesov.

No campeonato russo, Golovin tem quatro gols e duas assistências em 24 partidas. Tem um dos índices mais altos de passes da competição, com 80,3% de acertos. Um volante moderno, muito bom tecnicamente que tem ótimo passe, podendo fazer também as funções de meia armador e meia esquerda. Deve ser o carregador de piano da seleção russa na Copa

Elenco




O time não deve ser muito diferente da Copa das Confederações. Provavelmente os onze iniciais deverão ser: Afinfeev; Mário Fernandes, Neustädter, Kombarov, Zhirkov; Golovin, Glushakov, Dzagoev, Samedov, Cherishev e Smolov.

Conclusão

A seleção russa atravessa uma fase muito ruim. A seleção vem de constantes vexames desde quando foi anunciada país-sede em 2010 e não consegue evoluir, sendo a 63° no ranking da FIFA - a segunda pior dessa edição. Mesmo com bons nomes, vai fazer muita força para não passar outro vexame e ser o pior anfitrião da história das copas- ao Lado da África do Sul em 2010. Por outro lado, se tem algo que pode fazer a diferença é a torcida, que apoiará o tempo todo, em busca de uma inédita oitavas-de-final. Vai ser muito duro, mas o futebol, é imprevisível e quem sabe, não reserve mais uma grata surpresa aos russos.



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