O Diretor Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Olimpíada do Rio de Janeiro, Christophe Dubi surpreendeu pela franqueza ao avaliar o legado dos Jogos de 2016. Em PyeongChang, o dirigente disse que a herança olímpica brasileira está incompleta e criticou principalmente o fato de arenas planejadas para serem temporárias ainda estarem montadas no Parque Olímpico da Barra.
Este é o caso da Arena do Futuro, que recebeu jogos de handebol na Olimpíada e Goalball na Paralimpíada, e do Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, palco da natação e do polo aquático. De acordo com o planejamento da organização, ambas as estruturas deveriam ter sido desmontadas em 2017, mas seguem erguidas sofrendo deterioração.
"A situação é a mesma, que foi um legado muito bem planejado, mas que não se materializou completamente. Os Jogos foram desenhados com dois objetivos distintos. Um era o legado de funcionamento para a cidade, o que ocorreu e transformou a vida dos cariocas. (...) Mas o legado esportivo foi desenhado para que as instalações fossem usadas para o desenvolvimento de atletas e uso da comunidade, inclusive as temporárias, com a do handebol virando escolas e a piscina sendo desmontada. Elas precisam ser desmontadas. Até que isso seja feito há um problema de imagem, mas acredito que a cidade fará a coisa certa" disse Dubi, de acordo com o site “Inside the Games”.
A Arena do Futuro seria desmontada e transformada quatro escolas. Três na Zona Oeste - nos bairros de Camorim, Cidade de Deus, e Anil - e uma em São Cristóvão, na Zona Norte. Antes dos Jogos, a prefeitura dizia que o custo de desmontagem do material da arena foi descontado do valor da obra da instalação.
Quando a administração de Marcelo Crivella substituiu a de Eduardo Paes, no entanto, foi dito que este valor não estava previsto em orçamento e que a desmontagem não poderia ser feita no prazo. A operação deveria ter sido concluída no primeiro trimestre do ano passado.
A piscina onde Michael Phelps se despediu dos Jogos Olímpicos viraria dois parques aquáticos, um em Madureira, e outro em Campo Grande. O destino final, porém, será Salvador. A previsão é que o equipamento seja entregue à capital baiana até março deste ano.
Ao site GloboEsporte.com, a Prefeitura do Rio posicionou-se sobre a situação da Arena do Futuro e do Parque Aquático. Confira a nota:
"Sobre a Arena do Futuro, a Prefeitura do Rio ainda negocia com o Ministério dos Esportes a desmontagem do equipamento. As piscinas, ambas já foram desmontadas e estão sendo guardadas pelo Exército. Uma delas será remontada no Forte da Urca, para uso do alto rendimento."
foto: Renato Sette Camara/ prefeitura do rio de janeiro
Com informações de globesporte.com e inside the games
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