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Coluna Buzzer Beater - Um bom começo da seleção

Aleksandar Petrovic estreou com o pé direito no comando da seleção brasileira. E as duas vitórias, sobre a seleção do Chile e da Venezuela merece ser celebrada porque o time teve muito tempo para treinar e assimilar a proposta de jogo que Petrovic quer implantar na seleção. E mesmo assim o time venceu e lidera as eliminatórias da Copa do mundo da Fiba - Essa novidade que ainda falarei mais pra frente. 

Estive na partida do Brasil contra a Venezuela e assisti o confronto contra o Chile, embora seja muito cedo para afirmar que a seleção mudou, já deu para ver alguns pontos positivos, que se trabalhados, podem fazer do basquete brasileiro forte novamente. Vamos a eles:

Precisão nos arremessos - O Brasil nas duas partidas mostrou uma boa variação ofensiva. A bola passou melhor entre os jogadores, que livres, tinham tempo para arremessar corretamente. se o time não arremessou tanto, ao menos foi mais preciso, com 51% no percentual de arremessos, o melhor entre as dezesseis seleções das Eliminatórias das Américas. Da linha dos dois pontos o time foi bem demais(67%), mas nas bolas de 3, o aproveitamento foi regular (28%).com mais treinos, creio que os bloqueios e infiltrações sairão com mais naturalidade e o Brasil fará mais pontos nas próximas partidas. 

Outra observação é uma velha falha do Brasil, que são os lances livres: 66% de aproveitamento não é o ideal, em jogos de seleções qualquer detalhe pode decidir o jogo, e o Brasil sabe disso, pois sofreu diversas derrotas nos últimos anos pelo placar mínimo. Os jogadores precisam treinar mais esse fundamento

Defesa - o Brasil foi bem na defesa, jogando firme e dificultando muito a vida dos adversários. Tanto é que a seleção foi líder em rebotes defensivos. Mas nos rebotes ofensivos a seleção precisa melhorar, pois foi a segunda pior nesse quesito. Afinal, um rebote ofensivo é mais uma chance de arremessar e pontuar e o Brasil ficou muito abaixo das outras seleções nesse quesito.

Anderson Varejão - Muito bom ver Varejão de volta. Além da costumeira eficiência defensiva, Varejão mostrou uma agressividade ofensiva que não costumava se ver dele. O que é importante para ele sonhar com a sua volta na NBA, pois a liga exige que os jogadores agridam mais a cesta, pontuem mais. E isso ele fez muito bem. Ele não pode ficar sem time e se não for para NBA, que vá para Europa ou para o NBB, porque ele precisa jogar para evoluir e manter o nível.

Yago - Uma promessa do basquete brasileiro, Yago foi muito bem e não se intimidou. Yago se mostrou um armador mais moderno, um all-around, algo que o Brasil tem um excassez muito grande, já que estamos lotados de armadores 'pass first', algo que parece estar quase extinto no basquete mundial, que pede armadores agressivos. Yago tem essa agressividade e em breve vai ser um dos grandes nomes da seleção, pois tem apenas 18 anos e um potencial enorme.

Aleksandar Petrovic - Em pouco tempo conseguiu corrigir alguns dos erros mais gritantes da seleção, que eram a defesa fraca que proporcionava muitos arremessos aos adversários e o ataque estático, sem criatividade. Claro que Chile é uma seleção fraca e a Venezuela estava desfalcada de diversos jogadores, mas ainda sim foram bons testes para os jogadores. Ainda tivemos alguns erros e aquela classe pane que acomete a seleção reapareceu em alguns momentos, mas a seleção mostrou um bom poder de reação e o mais importante, jogou com vontade. Petrovic pode dar o ar fresco que o basquete brasileiros precisa. Vamos torcer que a seleção continue  a evoluir.


foto: Fiba/divulgação

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