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Com a volta de Kenya, Brasil se prepara para o Mundial Sub-18 de Vôlei feminino

Em preparação intensa para o Campeonato Mundial, a seleção brasileira sub-18 feminina de vôlei realizou dois amistosos no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), contra a equipe adulta do Renata Renata Valinhos/Country (SP), que jogou a edição passada da Superliga, e venceu os dois. Além dos resultados positivos, o técnico Maurício Thomas contou com outro ponto positivo: a volta da levantadora Kenya Malachias.

Uma das apostas do treinador do Brasil nesta jovem seleção, Kenya, de 17 anos, passou nove meses em recuperação após uma cirurgia de ligamento cruzado e menisco do joelho direito. A lesão, sofrida na final do Campeonato Sul-Americano de 2015, foi um motivo a mais de superação para a atleta.

“Foi muito tempo tratando, mas foi um sofrimento que passou. Fui chamada pelo Maurício Thomas e fiz o meu primeiro jogo com a seleção neste amistoso contra Valinhos. Me senti muito bem. Saí de titular, sem esperar, e foi sensacional. Fiquei surpresa, principalmente depois de tanto tempo sem jogar e fiquei muito feliz com o que consegui apresentar”, disse Kenya.

Após a recuperação o momento é de comemoração. A levantadora do Brasil afirma estar vivendo um momento feliz e quer fazer o máximo para ajudar a seleção brasileira a buscar o título do Campeonato Mundial, de 18 a 27 de agosto, na Argentina.

“Estar na seleção é um sonho. Estamos treinando muito forte para chegar com tudo no Mundial”, afirmou Kanya, que complementou. “Um sonho ainda maior é seguir bem na carreira e chegar a seleção adulta. O vôlei é uma paixão e tudo o que eu mais quero é jogar uma edição de Jogos Olímpicos”.

Por enquanto, a paulista ainda tem o privilégio de morar com os pais, já que joga no Bradesco, em Osasco (SP). Por isso, a maior dificuldade de estar com a seleção é a saudade. “Não me imagino fora da seleção. Sinto falta da família enquanto estou aqui, claro, mas a vida de atleta é assim. Precisamos ter algum sacrifício”, comentou Kenya.

O primeiro aprendizado da jovem levantadora tem sido lidar com a função de capitã. Principal responsável do grupo no contato com o técnico, Kenya aceita a responsabilidade, mas destaca que a posição em que joga também exige um empenho ainda maior.


“O fato de ser capitã exige uma responsabilidade maior. Sei que preciso ajudar nessa comunicação das meninas com o Maurício Thomas e tive que aprender a lidar com isso. Mas, acredito que, além do fato de ser capitã, ser levantadora também exige uma responsabilidade maior. Uma jogadora dessa posição tem que ser precisa nas suas decisões e seus atos. Precisamos de confiança e segurança para comandar as jogadas de um time”, concluiu Kenya.

Foto: CBV


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