Por Juvenal Dias
Hugo Calderano foi realmente o principal nome do Brasil Open de tênis de mesa, encerrado neste domingo (7) em São Paulo. Sagrou-se campeão tanto em simples como nas duplas, essa última junto com Gustavo Tsuboi. Neste domingo mostrou uma força mental de quem é um grande atleta olímpico. Mal terminara a final de duplas, preferiu resguardar-se das entrevistas para se manter concentrado para a final de simples. A torcida que foi ao Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, saiu contente com o jogo apresentado pelo mesa tenista e, principalmente, com os resultados alcançado. Calderano justificou o favoritismo e levou o nome do Brasil para o alto do pódio por duas vezes.
Hugo Calderano foi realmente o principal nome do Brasil Open de tênis de mesa, encerrado neste domingo (7) em São Paulo. Sagrou-se campeão tanto em simples como nas duplas, essa última junto com Gustavo Tsuboi. Neste domingo mostrou uma força mental de quem é um grande atleta olímpico. Mal terminara a final de duplas, preferiu resguardar-se das entrevistas para se manter concentrado para a final de simples. A torcida que foi ao Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, saiu contente com o jogo apresentado pelo mesa tenista e, principalmente, com os resultados alcançado. Calderano justificou o favoritismo e levou o nome do Brasil para o alto do pódio por duas vezes.
Primeiro ele foi para a mesa central do ginásio
poliesportivo ao lado de seu amigo e companheiro de treinos, Gustavo Tsuboi,
contra o eslovaco Thomas Keinath e o alemão Patrick Baum para buscar o primeiro
ouro brazuca na chave principal. Eles começaram a decisão com muita intensidade
e chegaram a abrir 7/2 no primeiro set contra os europeus, que empataram num
8/8. Mas a dupla da casa conseguiu controlar as ações e fechou o primeiro set
em 11/8. O segundo set começou semelhante com os brasileiros abrindo quatro
pontos de vantagem e os europeus se recuperando no meio. Todavia os
mesatenistas da casa mostraram porque são a dupla número três do mundo e fecharam
a parcial em 11/7, abrindo 2 sets a 0. A dupla europeia iniciou o terceiro set
na frente, mas os brasileiros igualaram a pontuação, que permaneceu equilibrada
até o fim. Mais uma vez prevaleceu novamente os brasileiros que levaram o set
por 11/9 e o campeonato para o país.
“Foi muito positivo, sem dúvida, não perdemos nenhum set,
mais um título para nós e para o Brasil, mostra que temos muito potencial para
sempre estar brigando, fazemos uma combinação de um canhoto e destro. Abrimos
uma vantagem, tivemos uns erros por perda de foco, mas os adversários têm um
nível muito bom, tiveram mérito para encostar no placar. Nas horas decisivas,
tivemos mais calma, mais iniciativa, fomos mais agressivos e definir os pontos
com nosso jogo ofensivo”, celebrou Tsuboi, que disse estar contente terminar
com um bronze e um ouro.
Depois disso, Hugo voltou para os vestiários, buscando
manter o nível de concentração para enfrentar o indiano Amalraj Anthony, que
havia sido prata no aberto do Chile, semana passada. O brasileiro começou a
partida com boa intensidade e conseguiu abrir quatro pontos de vantagem no
primeiro set. O indiano imprimiu um ritmo veloz para igualar o placar. Hugo
teve dificuldades, mas fechou em 14/12. O segundo set teve um desequilíbrio de
forças no início, com o asiático abrindo 8/1. A torcida tentou trazer o
brasileiro de volta. Apesar de uma diferença grande, o brasileiro usou a
pressão de jogar em casa a seu favor, chegou perto, obrigou o adversário a
pedir tempo, mas o oponente finalizou em 11/9, empatando o confronto. Calderano
construiu aos poucos uma boa vantagem na terceira parcial e administrou nos
momentos finais, vencendo por 11/7. A história se repetiu no quarto set, com o
brasileiro sempre na frente do indiano. O resultado acabou sendo o mesmo 11/7.
Com isso, abriu dois sets de vantagem e ficando a um da consagração. O quinto
set foi o decisivo, já que o indiano não conseguiu voltar para a partida e Hugo
venceu por 11/5, sagrando-se campeão pela segunda vez no dia.
O mesatenista admitiu ter sentido dores na coxa em sua
primeira partida na competição e teve que superar mais essa adversidade, soube
canalizar a pressão de ser o principal cabeça de chave para o lado positivo e
juntou com o apoio que teve dos familiares, amigos e torcida que esteve
presente. “Nas duplas, não deixamos dúvidas que estamos no topo do mundo, todos
os jogos por 3 a 0. No individual, também foi um desafio, voltei de uma lesão,
tive um jogo muito difícil na primeira rodada contra o eslovaco (Keinath),
salvei dois matchpoints, fui crescendo durante a competição e, na final,
consegui apresentar o meu melhor nível”, comemorou o número 1 da modalidade no
Brasil. Ele também falou de como foi o jogo da final: “O indiano gosta de um
jogo bem rápido, não podia ficar trocando bola com ele, que fica bem próximo da
mesa e se eu afastasse, ele me ‘matava’, então tive que concentrar bastante no
saque”.
Depois disso, Calderano vai continuar treinando para o
campeonato mundial que virá ainda esse ano, não terá muito tempo para descanso.
Assim segue a vida do campeão que busca retornar entre os 20 melhores do mundo.
Foto: CBTM
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