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Isaquias Queiroz e Rafaela Silva são os grandes vencedores do Prêmio Brasil Olímpico 2016


A festa atrasada do prêmio Brasil olímpico 2016 - que deveria ter sido em dezembro e só aconteceu ontem (29) - consagrou o canoísta Isaquias Queiroz, que conquistou três medalhas na Rio 2016 e a judoca Rafaela Silva, responsável pelo primeiro ouro do Brasil nos Jogos do Rio, como os melhores atletas de 2016. Rafaela também ganhou o prêmio atleta da torcida por voto popular, se tornando a grande vencedora da noite.

Rafaela não esteve presente à cerimônia porque está na Geórgia para a disputa do Grand Prix de Tbilisi, mas deixou uma mensagem de agradecimento em vídeo. "Estou muito feliz por receber esse prêmio. Tenho que agradecer a todos que me deram apoio até aqui, meu treinador Geraldo Bernardes, a CBJ, minha coach, o sensei Mario Tsutsui, e a cada um que incentivou a minha carreira. Gostaria que esse meu prêmio servisse de inspiração para que outras meninas. Acreditem nos sonhos de vocês que vocês podem realizar", disse Rafaela.  

Isaquias esteve prensente e não conteve a emoção ao conquistar o bicampeonato do prêmio - ele foi eleito o melhor atleta em 2015: "Estou muito emocionado por esse prêmio. Estou mais feliz até do que no ano passado, principalmente pelas minhas três medalhas olímpicas. Não foi fácil. Disputar com atletas como Serginho, um ícone do vôlei, e o Thiago Braz, que entrou para a história do atletismo. Quero também dedicar esse prêmio ao meu treinador, Jesus Morlán, que sempre foi um vencedor", disse Isaquias. Em seguida, o baiano quebrou o protocolo do evento e foi à plateia pedir a namorada Laiana Guimarães em casamento, que está esperando o primeiro filho do casal. 

Detentor de sete medalhas olímpicas (seis como treinador e uma como atleta), Bernardinho recebeu do COB o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, uma homenagem a grandes nomes e seus exemplos positivos no esporte.  "Tenho andado muito pelo Brasil e tenho visto algo que me preocupa, que é a falta de esperança. Existe um legado que não vem de livros de ficção, mas de histórias reais, como a da menina que sai da Cidade de Deus para se tornar campeã olímpica, ou do cara que sai de Pirituba para se tornar multimedalhista olímpico no vôlei. O esporte transmite valores, e é com projetos no esporte que podemos ter um país verdadeiramente educado e com valores”, afirmou Bernardinho, que corou seu trabalho à frente da seleção com o histórico ouro olímpico no Rio 2016. 

O Prêmio Brasil Olímpico revelou ainda os Melhores Técnicos de 2016. O brasileiro Rogério Micale e o espanhol Jesus Morlán marcaram seus nomes na história do esporte olímpico nacional ao trazerem, respectivamente, o tão sonhado ouro do futebol masculino e as inéditas três medalhas para a canoagem velocidade brasileira, elevando a modalidade a um novo patamar no país. Estes feitos os consagraram como os melhores técnicos de 2016 das modalidades coletivas e individual/dupla. Esse foi o segundo título de Morlán, que também venceu em 2014

 Um dos momentos mais emocionantes do evento foi a entrega da medalha de bronze olímpica para as meninas do revezamento 4x100m rasos dos Jogos Olímpicos Pequim 2008.  Após uma espera de oito anos, Lucimar Moura, Rosangela Santos, Rosemar Coelho Neto e Thaissa Presti enfim subiram ao pódio olímpico e receberam das mãos do presidente do COB as tão sonhadas medalhas. A correção histórica aconteceu, pois o Brasil havia ficado na quarta colocação na prova, após uma chegada apertadíssima em disputa com a Nigéria. Porém, em agosto passado a equipe do Brasil foi avisada de que herdou a medalha de bronze após o Comitê Olímpico Internacional cassar a o ouro da Rússia. O motivo foi um doping detectado em reanálise de amostras dos Jogos de Pequim. Com isso, a Bélgica ficou com o ouro, a Nigéria com a medalha de prata e o Brasil com o bronze.

O público presente ao Prêmio Brasil Olímpico deste ano viu ainda o nadador Thiago Pereira, maior medalhista da história dos Jogos Pan-americanos (23 medalhas) e prata nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, anunciar sua aposentadoria das piscinas. "Essa é uma noite muito especial. Abri mão de muita coisa, muitos sonhos, encontros com familiares... Esporte é uma carreira dura, é difícil, mas me sinto completamente realizado. Agradeço ao COB, à CBDA, ao presidente Nuzman, ao meu clube Minas Tênis, meu treinador Albertinho e à minha mãe, Dona Rose. Hoje eu deixo as competições, mas não deixo a natação. Deixo com um orgulho imenso de ter representado as cores verde e amarela. O essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem", lembrou Thiago.

No total 43 atletas foram premiados como os melhores de suas modalidades.

Atletismo: Thiago Braz
Badminton: Ygor Coelho
Basquete: Maybyner Hilário (Nenê)
Boxe: Robson Conceição
Canoagem Slalom: Pedro Gonçalves (Pepê)
Canoagem Velocidade: Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX: Priscilla Carnaval
Ciclismo Estrada: Flávia Paparella
Ciclismo Mountain Bike: Raiza Goulão
Ciclismo Pista: Gideoni Monteiro
Desportos na Neve: Jaqueline Mourão
Desportos no Gelo: Isadora Williams
Esgrima: Nathalie Moellhausen
Futebol: Neymar Jr
Ginástica Artística: Diego Hypolito
Ginástica Trampolim: Rafael Andrade
Ginástica Rítmica: Natália Gaudio
Golfe: Adilson da Silva
Handebol: Maik Santos
Hipismo adestramento: João Victor Marcari Oliva
Hipismo CCE: Carlos Parro
Hipismo saltos: Pedro Veniss 
Hóquei sobre grama: Stephane Smith
Judô: Rafaela Silva
Levantamento de pesos: Fernando Saraiva Reis
Lutas: Aline Silva
Maratona Aquática: Poliana Okimoto
Natação: Etiene Medeiros
Nado Sincronizado: Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci
Pentatlo moderno: Yane Marques
Polo Aquático: Felipe Perrone
Remo: Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi
Rugby: Beatriz Futuro
Saltos Ornamentais: Hugo Parisi
Taekwondo: Maicon Andrade
Tênis: Bruno Soares
Tênis de mesa: Hugo Calderano
Tiro com arco: Anne Marcelle dos Santos
Tiro esportivo: Felipe Wu
Triatlo: Manoel Messias
Vela: Martine Grael e Kahena Kunze
Vôlei: Serginho Dutra
Vôlei de praia: Alison Cerutti e Bruno Schmidt

Foto: Alexandre Loureiro/ Exemplus/COB

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