Bicampeão olímpico (Barcelona 1992 e Atenas 2004) e campeão mundial
(Argentina 2002) com direito a fazer o ponto do título com um ace,
Giovane Gávio tem uma história recheada de grandes momentos e muitos
louros coletados com a seleção brasileira. Após encerrar a carreira do
lado de dentro da quadra, o mineiro de Juiz de Fora não conseguiu ficar
longe de voleibol, e agora volta a fazer parte do selecionado nacional,
desta vez como treinador do time Sub-21 masculino.
Giovane assumiu o cargo ao final dos Jogos Olímpicos Rio2016, quando
encerrou projeto como Gerente de Competições de Voleibol do evento.
Agora, ele tem pela frente o desafio de passar às novas gerações a
importância de defender as cores do Brasil.
“Recebi o convite da CBV com uma alegria muito grande, é uma honra
poder ter a oportunidade de voltar à seleção brasileira. Este é um
ambiente em que fui muito feliz e alcancei muitas conquistas, mas agora
tenho uma responsabilidade bacana de contribuir. Um dos maiores
aprendizados que tive foi dentro da seleção brasileira foi aprender a
servir. E a sensação agora é essa, estou aqui para servir, compartilhar
um pouco da minha história com eles”, contou Giovane.
A primeira grande competição será no próximo mês, o Sul-Americano da
categoria, a ser realizado em Bariloche, na Argentina. Além do título,
estarão em jogo a hegemonia continental e uma vaga no Mundial da
República Tcheca em 2017. No entanto, o treinador parece tranquilo para
enfrentar os desafios de manter a bandeira brasileira no topo do pódio e
inspirar os jovens atletas.
“Acho que a maior contribuição que eu posso dá-los é inspirar,
encorajá-los a trabalhar, buscar o melhor deles, entender o que isto
representa, o quanto essa camisa é importante. Eles precisam entender
isso desde novos. É uma responsabilidade vestir a camisa da seleção
brasileira. Existe muita dedicação e amor a isso, acima de tudo uma
responsabilidade de dar continuidade do legado das outras gerações. De
certa forma existe uma vontade maior de ouvir, de querer. Estou muito
contente com isso. O time está muito imbuído de trabalhar, buscar novos
conhecimentos. Temos uma comissão técnica muito bacana, a gente divide
as experiências, é um grande aprendizado. Estou chegando cheio de
entusiasmo”, comentou o novo treinador da equipe masculina Sub-21 do
Brasil.
A preparação para o Sul-Americano já começou forte, a equipe treina
há pouco mais de dois meses no Centro de Desenvolvimento (CDV), em
Saquarema (RJ), ainda sem Giovane. O grupo, que hoje conta com 16
atletas, tem na comissão técnica o assistente técnico Neri Tambeiro, o
auxiliar técnico Vinícius Gomes, o Alegrete, o estatístico Leandro
Dutra, o preparador físico Lucas Muller, o médico Felipe Serrão, o
fisioterapeuta Alexandre Herculano e o supervisor Leo Pasquali.
Nesta semana a equipe está no Rio de Janeiro (RJ) para um
quadrangular amistoso com o Botafogo (RJ), o SESC (RJ) e o Bolívar
(ARG). Na partida inicial contra a equipe argentina, os brasileiros
sofreram revés por 3x0 (22/25, 22/25 e 13/25). Nesta quarta-feira
(14.09) enfrentam o SESC, às 19h30, e, nesta quinta-feira (15.09), no
mesmo horário, a partida será contra o Botafogo. Todos os jogos
acontecem no ginásio Oscar Zelaya, na sede de General Severiano.
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