Com um novo conceito de administração e integração com um hotel e um
shopping center, o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, vai se
transformando para receber os Jogos Olímpicos Rio 2016. A ideia é tornar
o terminal parte de um complexo de entretenimento, lazer, comércio,
turismo, negócios e convivência no Rio de Janeiro. Um conceito inovador,
que pretende alçar o Santos Dumont à agenda cultural e de compras da
cidade.
“O complexo não veio apenas para complementar, mas para agregar valor
ao Santos Dumont. Seja pelo visual do hotel à beira da Baía de
Guanabara, pela versatilidade de se hospedar dentro do aeroporto, pela
facilidade de compras e gastronomia na porta da sua hospedagem ou pela
possibilidade de marcar reuniões e fechar negócios ali mesmo”, afirma
Fernando Ruivo, gerente-geral do complexo.
A novidade, segundo o ministro da Aviação, Guilherme Ramalho, é um
conceito que não deve ficar apenas no Rio de Janeiro, sendo expandido
para outras cidades e aeroportos brasileiros. “Os aeroportos são hoje
grandes centros de convivência e de gestão de negócios no mundo todo. O
aeroporto precisa reunir alternativas de alimentação, compras,
hospedagem, negócios e diversas facilidades e serviços. O grande
objetivo de criar aeroportos mais modernos é ter passageiros mais
satisfeitos”, diz Ramalho.
A expansão do Santos Dumont ocorreu por meio de uma concessão com
duração de 25 anos. Em março, uma Medida Provisória ampliou para 49% o
capital estrangeiro nas companhias aéreas, o que deu às empresas a
segurança jurídica necessária aos investimentos. Um dos artigos da MP
permite que a União faça contratos de exploração de aeroportos por meio
de subsidiárias e coloca a Infraero, operadora do Santos Dumont e de um
total de 56 aeroportos, no mesmo patamar regulatório dos terminais
concedidos à iniciativa privada.
“A união de esforços do governo e empresas privadas tem se mostrado
altamente vitoriosa nos aeroportos, seja por meio da concessão das
operações aeroportuárias – como é o caso do Galeão –, seja por meio de
parcerias público-privadas, como é o caso da área comercial do Santos
Dumont”, destaca o ministro Guilherme Ramalho.
O modelo já começa a ser reproduzido em outras cidades, como Goiânia,
e a ser planejado para outras cidades. “Acabamos de reproduzir esse
modelo no terminal de Goiânia, com a concessão de uma grande área para
comércio. Congonhas também vai viver uma nova fase em breve”, projeta
Ramalho.
Integração
Inaugurados há cerca de quatro meses, o Prodigy Hotel e o Bossa Nova
Mall funcionam como uma extensão do terminal de embarque do Santos
Dumont. O hotel conta com 290 apartamentos, além de lobby bar,
restaurantes, piscina, centro de convenções e estacionamento. Uma das
novidades é o day use, que permite aos passageiros ficar no hotel por 3h, 6h, 9h ou 12h, por um valor inferior ao de uma diária completa.
No shopping, a praça de alimentação e outras áreas já contam com
painéis para que monitoram as informações dos voos do Santos Dumont. A
integração entre os ambientes vai além e deve aumentar, com ações como a
instalação de terminais de check-in no lobby do hotel.
“Os resultados são soluções de gestão frutíferas. Um exemplo da
parceria: foram criadas estações de “estacionamento” dos carrinhos de
bagagem, uma iniciativa que agiliza a organização e recolhimento dos
equipamentos pela equipe do aeroporto, o que melhora a disponibilidade
dos carrinhos a novos passageiros que desembarcam. São coisas que
pensamos juntos, para melhorar a operação integrada do empreendimento”,
diz Fernando Ruivo.
As novidades já estão sendo exploradas por passageiros que passam
pelo terminal e estão agradando. “Estamos em conexão, essa é nossa
primeira vez aqui na nova ala. Achei bacana, ficou muito bonita,
organizada, muito legal mesmo. Já vi projetos parecidos em aeroportos de
grande porte fora do País”, declararam as amigas Andressa Morais e
Daniela Nascimento.
Em abril, a expectativa é de que o complexo ganhe mais um atrativo: a
inauguração do VLT Carioca, que integrará o Santos Dumont a outras
regiões do Rio de Janeiro.
Foto: SAC
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