O revezamento da Tocha Olímpica, que terá início no Brasil em 03 de
maio e irá percorrer 334 cidades em todos os estados do país, vai
aumentar a venda de ingressos para os Jogos de 2016. Essa é a opinião
do chefe da pasta do Esporte, Ricardo Leyser, em uma entrevista concedida a EBC.
“As pessoas ainda não despertaram para os Jogos, porque o noticiário
está muito concentrado nas questões políticas. Nós temos um grande
evento, vamos receber os melhores atletas do mundo e as pessoas ainda
não estão completamente ligadas nas chances e possibilidades de
assistirem a esse grande evento. Então, eu acho que com o começo do
percurso da tocha as pessoas vão estar mais ligadas aos Jogos e essa
venda de ingressos vai aumentar”, disse Leyser.
O fogo Olímpico será aceso no dia 21 de abril, em Olímpia, para
depois percorrer outras cidades da Grécia. Antes de desembarcar em
Brasília, no início do próximo mês, a tocha passará pelas sedes da ONU e
do Comitê Olímpico Internacional, ambos na Suíça. “O Fogo Olímpico e a
Tocha Olímpica têm um grande simbolismo, que hoje é muito importante
para o nosso país, que é um símbolo de paz, de união dos povos. Nós
sabemos que na Antiguidade até guerras eram suspensas para a realização
dos Jogos”, afirmou Leyser.
Além do incentivo do revezamento da Tocha, o ministro acredita que os
brasileiros também devem estar abertos a conhecerem modalidades menos
populares por aqui. “As pessoas não tem o hábito de consumir outros
esportes. Temos ingressos esgotados para a natação, para o atletismo,
mas existem outros esportes tão interessantes quanto estes e que nós
vamos ver os melhores do mundo aqui. As pessoas ainda não se atentaram,
que talvez o rúgbi, o hóquei, o badminton, o tênis de mesa, sejam
grandes experiências. Além disso, o Brasil ainda não tem essa tradição
de assistir ao vivo o esporte paraolímpico. Apesar de o país ser uma
grande potência paralímpica, as pessoas ainda não têm esse hábito de
comprar o ingresso e ir ao evento. O que posso sugerir é que corram para
comprar os ingressos dos Jogos Paralímpicos e pesquisem outros
esportes, não só aqueles que estão acostumados a assistir”, convidou.
O revezamento da tocha servirá para promover diversos pontos
turísticos do Brasil. As cidades se preparam para fazer apresentações
artísticas e cultura para o evento, que será um dos aspectos de
nacionalização dos Jogos de 2016. O outro, e mais importante, é a Rede
Nacional de Treinamento que está sendo construída pelo Governo Federal.
“Estamos orgulhosos do que o Brasil fez nos últimos sete anos. Não é só
uma questão de entregar os Jogos, mas de entregar os Jogos bem. O Brasil
vai ter orgulho do que vai ser entregue no Rio de Janeiro, mas é uma
questão de mudar a nossa estrutura esportiva. Eu estive na Universidade
Federal de Santa Catarina entregando uma pista de atletismo nova. Nós
tínhamos poucas pistas no Brasil, vamos chegar ao final de 2016 com mais
de 40”, exemplificou o ministro, que ainda citou outras instalações em
uso pelo país, que servirão de legado para as futuras gerações.
“O Brasil aproveitou muito esse ciclo olímpico para aprender o que
precisava fazer para desenvolver seus atletas, aprender como dar acesso à
prática esportiva de qualidade para a população e para renovar um pouco
essa infraestrutura. Isso realmente impactava na qualidade da prática
esportiva e dos nossos atletas. Temos uma grande condição para depois de
2016 termos uma condição ainda melhor no esporte brasileiro, porque nós
construímos todas essas instalações para os Jogos de 2016, mas para
2020, 2024, para o futuro, todas as instalações já estarão prontas,
disponíveis e vão beneficiar milhares de jovens e crianças que vão poder
ter uma grande opção de vida pelo esporte”, projetou.
Foto: Ministério do Esporte
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