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Surto História - A Celeste Olímpica surge no futebol

Uruguaios nas olimpíadas de 1924
Na década de 20, quando não existia a Copa do Mundo de futebol, o torneio olímpico era o que tinha a importância de campeonato mundial Quem levasse a medalha de Ouro ganhava o status de melhor seleção do mundo. Nos jogos olímpicos de 1924, Vimos uma seleção ganhar uma áurea celestial, assombrando o mundo. Era a Seleção uruguaia, que viajou até Paris para disputar o torneio olímpico e fazer história.

A seleção uruguaia já era temida na América do Sul. Tinha vencido a Copa América em 1916,1917,1920 e 1923. Só perdeu a edição de 1919, para o Brasil. Ela iria para o seu primeiro grande desafio, que era enfrentar as seleções europeias. E logo na estreia, o Uruguai massacrou a Iugoslávia, vencendo por 7 a 0. Depois, mais uma vitória, agora contra o Estados Unidos por 3 a 0 e a vaga garantida nas quartas de final.

Com uma grande atuação de seu maestro Hector Scarone (que viria a ser um dos grandes destaques na campanha do 1° título da Copa do Mundo em 1930), a equipe goleou a França por 5 a 1 nas quartas de final. Na semifinal, a equipe encontrou uma maior dificuldade, mas por fim, conseguiu uma suada vitória sobre a Holanda por 2 a 1. Na final, mais uma grande atuação coletiva da equipe, que apresentou um futebol de alto nível, acabando por vencer a Suíça por 3 a 0. O mundo do futebol ficou estupefato com a habilidade, agilidade e raça daqueles uruguaios campeões olímpicos.  A partir dessa conquista, os europeus passaram a respeitar mais o futebol não só uruguaio, mas também sul-americano, percebendo que o mundo ia além mar. Naquele mesmo ano, a equipe venceu mais uma Copa América, mantendo sua soberania no continente. um detalhe interessante é que os uruguaios, ao fim da final contra a Suíça, ele resolveram dar uma volta pelo campo para cumprimentar e agradecer ao público pelo apoio. Foi criada ali, a volta olímpica, obrigatória a todos os times de futebol que são campeões.

Em 1928, nos jogos olímpicos em Amsterdã, Os Uruguaios continuavam no auge da técnica. Vinham como favoritos a mais um ouro olímpico, apesar das fortes seleções europeias presentes. Na primeira fase, houve o reencontro com a Holanda, que dera trabalho a 4 anos atrás, porém, os uruguaios mais uma vez viram seu jogo bonito prevalecer, acabando por conquistarem uma importante vitória por 2 a 0.

Com o inconfundível faro de gol de Pedro Petrone e a habilidade de Hector Scarone, a Alemanha foi facilmente dominada pelos uruguaios, por fim, goleada por 4 a 1. Assim como em 24, a semifinal também reservou certa emoção, dessa vez, o adversário era a Itália, considerada a seleção mais forte da Europa, que bem que tentou, mas, a Celeste era bastante superior, suada vitória por 3 a 2 e vaga na final garantida, onde a avassaladora e temida Argentina seria a rival.

A Argentina tinha mostrado sua força nos jogos e tinha apresentado uma geração que estava disposta a acabar com a hegemonia uruguaia na América do sul. Vencê-los em uma final olímpica seria incrível. A Final entre Uruguai e Argentina terminou empatada em 1 a 1 e como na época, não havia prorrogação ou pênaltis, teve que ser marcado um segundo jogo, três dias depois. Aí sim, o Uruguai foi superior e venceu por 2 a 1, garantindo o bicampeonato olímpico. Era a confirmação de que a celeste era mesmo olímpica, bi campeã, deslumbrando de vez a Europa e o mundo. Ninguém podia com eles. E Dali, surgiu o apelido que a seleção uruguaia carrega até hoje: a Celeste olímpica.

Com toda popularidade da seleção uruguaia, que tornou o pais relevante no futebol, fez os Uruguaios sediarem a primeira Copa do Mundo, em 1930, a qual eles venceram, encerrando um ciclo de vitórias na década de 20, sendo considerados a primeira grande seleção que o mundo conheceu.


Uruguaios nas Olimpíadas de 1928

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