Depois do inédito título mundial de 2014 com a seleção masculina, o goalball viveu novas conquistas durante o último ano de preparação para os Jogos Paralímpicos de 2016. No Parapan de Toronto, em agosto, os homens conquistaram o bicampeonato, repetindo o ouro de Guadalajara-2011, enquanto as mulheres foram campeãs pela primeira vez. Nos dois gêneros, a campanha foi invicta e considerada uma boa prévia para o Rio de Janeiro.
“O ano de 2015 foi completo para o goalball”, afirma o jogador Leomon Moreno. A equipe masculina tem ainda o retrospecto da medalha de prata conquistada na edição dos Jogos de 2012, quando o Brasil subiu ao pódio da modalidade pela primeira vez. A meta para 2016, contudo, é ainda maior. “Queremos ser campeões e vamos torcer muito pelo feminino para que elas também ganhem o ouro inédito. A gente quer esse gostinho”, diz Leomon.
Por ser país-sede, o Brasil tem asseguradas as duas vagas para o
goalball nas Paralimpíadas. “Agora é treinar para estar dentro da
seleção”, explica o jogador, que ficou de fora do Parapan de 2011. Além
dos anfitriões, estão classificados Rússia, Estados Unidos, Turquia,
Canadá, Japão, Israel, China, Austrália e Ucrânia, no feminino, e
Finlândia, Estados Unidos, Canadá, Lituânia, China, Suécia, Turquia,
Alemanha e República Tcheca, no masculino. Ao todo, serão dez seleções
na disputa de cada gênero.
“Estamos confiantes para jogar dentro de casa e contar com o apoio da
torcida, com nossos corações batendo forte”, adianta o atleta. Antes
dos Jogos, a seleção brasileira terá fases de treinamento e o
evento-teste dos dias 4 e 5 de maio, na Arena do Futuro, que será o
palco do goalball nas Paralimpíadas. “Talvez a gente ainda vá para
alguma competição no exterior, para não ficar longe das outras equipes e
saber como elas estão se preparando”, acrescenta.
Evolução
Para chegar ao atual status no cenário internacional, o goalball
brasileiro conta com diversos investimentos. São 42 jogadores
contemplados com a Bolsa-Atleta, e o Ministério do Esporte tem convênios
com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que, somados, ultrapassam R$
40 milhões para a preparação para 2016, além da participação nos Jogos
de Toronto.
“A evolução do goalball é muito grande. Em 2009 a gente treinava em
Jundiaí com apoio do nosso técnico, que conseguiu as estruturas e
hospedagem. Nós ficávamos em várias camas em um único salão. Dali para
frente, a estrutura e os investimentos foram aumentando”, relembra.
“Hoje é só treinar para a competição e trazer os títulos. Temos hotel,
quadras sofisticadas. Com o Centro de Treinamento em São Paulo, vai ser
ainda melhor”, avalia Leomon.
Foto: CPB
0 Comentários