Foram três dias, seis partidas de basquete, uma de basquete em
cadeira de rodas e muita atenção a cada detalhe da operação. Inaugurada
na última semana, a Arena Carioca 1 passou pelo primeiro de uma série de
eventos-teste programados com mais pontos positivos do que negativos,
segundo balanço do Comitê Organizador dos Jogos de 2016.
De um ponto de vista mais amplo, a instalação agradou tanto ao comitê
quanto aos atletas que testaram o palco do basquete, do basquete em
cadeira de rodas e do rúgbi em cadeira de rodas nos Jogos de 2016.
“A FIBA (Federação Internacional de Basquete), que está com a gente
há mais de 10 dias, está muito satisfeita. Eles aprovaram as
instalações, os fluxos e o calibre do evento. Eles estão com a gente
desde que começou o projeto e agora se materializou. Os resultados até
agora são muito positivos”, avaliou Gustavo Nascimento, diretor de
instalações do Rio 2016.
A iluminação da quadra, que gerou algumas observações das atletas de
que estava refletindo na tabela de forma prejudicial, faz parte de um
pacote de aparatos complementares da estrutura que foram usados no
evento-teste de forma provisória.
“A iluminação e os placares são temporários e serão alterados. O piso
terá as mesmas especificações, mas com uma cor e um tratamento de
decoração diferente”, citou Gustavo Nascimento. “Recebemos feedback das
atletas, dos atletas em cadeira de rodas e vamos assimilar todas as
informações que nos passaram. Esse é o patrimônio do evento-teste. O que
podemos dizer é que hoje a Arena Carioca 1 não deve nada a nenhuma
arena de alto rendimento do mundo inteiro.”
Dentro de quadra, outro problema identificado pelo Comitê Rio 2016
foi a pintura da quadra, que ficou desgastada ao longo dos jogos. O
problema foi percebido durante o evento e uma solução já foi testada no
domingo (17.01), último dia da competição.
“A gente percebeu uma deficiência técnica na tinta, que descascou de
uma partida para a outra. Foi feito um ajuste de sábado (16.01) para
domingo para testar a durabilidade da tinta”, explicou Rodrigo Garcia,
diretor de esportes do Rio 2016. “Temos que ajustar também nossa
operação entre o vestiário e a vinda para a quadra”.
Uma das reclamações de um dos atletas do basquete em cadeira de rodas
também entrou na lista de observações do comitê. Segundo Rodrigo
Garcia, o fato de a Arena Carioca 1 estar prestes a receber outras duas
competições este mês – halterofilismo, de 20 a 23 de janeiro e luta
olímpica, 30 e 31 – influenciou.
“Teve esse comentário de que a área do vestiário era apertada e
pequena, mas a gente está com toda a estrutura de todos os eventos que
vamos fazer aqui na arena. Temos 20 armários dentro do vestiário, e para
os Jogos Paralímpicos não vamos precisar dessa quantidade. É importante
levar o comentário para poder estudar e ver se terá impacto ou não, mas
fazia parte do que a gente queria testar”, detalhou o diretor.
Segundo Rodrigo, o fato de a Arena Carioca 1 receber mais dois
eventos no mês, embora não sejam de modalidades que estarão em disputa
no local nos Jogos Rio 2016, também serão fatores positivos para a
preparação.
“Entre hoje e o dia 20, quando começa o halterofilismo, teremos um
intervalo de 18h para deixar toda a área de competição retirada. É um
teste crucial, embora durante os Jogos não iremos fazer a transição do
basquete para o halterofilismo”, explicou Garcia, citando a preparação
da quadra para o rúgbi em cadeira de rodas como uma das transições que
precisarão ser feitas durante os Jogos na instalação.
“Trabalhar com prazos apertados exige um planejamento bem feito. O
teste nos dá a chance de fazer esse planejamento e, se necessário,
ajustá-lo. Estamos confiantes de que estamos preparados para isso”,
encerrou o diretor de esportes.
Foto: Brasil 2016
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