O esporte olímpico brasileiro chega ao último ano do atual ciclo
olímpico com 67 medalhas, conquistadas em campeonatos mundiais ou
competições equivalentes, superando o mesmo período do ciclo anterior,
quando teve 40 conquistas. Para chegar às 67 medalhas neste triênio, os
atletas brasileiros, além das 16 medalhas em 2015, conquistaram 24 em
2014 e 27 em 2013. No ciclo olímpico anterior foram 9 medalhas em 2009,
15 em 2010 e 16 em 2011.
O triênio 2013-2015 apontou uma boa perspectiva para o futuro. Em
2015, o estudo do COB, que leva em consideração apenas as provas
olímpicas, apontou 16 medalhas conquistadas, o mesmo número de 2011,
terceiro ano do ciclo olímpico anterior. O COB considera esse resultado
positivo, levando em conta que importantes candidatos a medalhas se
contundiram e que algumas modalidades estabeleceram estratégias
diferenciadas no ano pré-olímpico, por já estarem classificadas para os
Jogos.
A entidade, portanto, mantém o alerta ligado, acompanhando, com
atenção, o desempenho de nossos principais atletas e equipes. Considera
naturais determinadas quedas de desempenho e mantém o otimismo em
relação às metas traçadas.
O Brasil conquistou mais de 16 medalhas em campeonatos mundiais ou
equivalentes em 2015. O COB, no entanto, só contabilizou as 16 medalhas
alcançadas em modalidades e provas olímpicas, dentro do regulamento por
modalidade estabelecido para os Jogos Rio 2016. Um exemplo é o vôlei de
praia, modalidade em que Brasil conquistou cinco medalhas durante o
Mundial. O COB só contabilizou quatro medalhas, já que cada país só pode
inscrever quatro duplas nos Jogos Rio 2016. Outro exemplo é o
taekwondo, onde o Brasil conquistou duas medalhas no Mundial, mas não em
categorias olímpicas.
Outro ponto positivo é o aumento do número de modalidades que
chegaram aos pódios mundiais. Nos últimos três anos, o Brasil aumentou o
leque de modalidades medalhistas, alcançando as primeiras colocações em
15 modalidades, o que vem ao encontro dos objetivos traçados no
Planejamento Estratégico do COB, estabelecido em 2009, e cuja meta é
chegar, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre os dez primeiros no quadro
total de medalhas.
"Estamos proporcionando aos nossos atletas, em parceria com as
Confederações Brasileiras Olímpicas, a melhor preparação de todos os
tempos e o resultado deste triênio demonstra que o esporte brasileiro
segue evoluindo", observa Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.
Além das conquistas em modalidades em que o Brasil já conta com um
histórico de bons resultados, novos esportes chegaram ao pódio em
campeonatos mundiais. Estão nesse caso o handebol, maratonas aquáticas,
lutas e a canoagem velocidade. Além dessas, outras como o tiro com arco,
polo aquático e tênis também alcançaram resultados expressivos em
competições equivalentes aos mundiais.
Outros pontos relevantes foram a manutenção da ginástica artística e
do pentatlo moderno, que conquistaram medalhas inéditas em Londres,
assim como o boxe, que não trazia uma medalha olímpica desde 1968, no
rol dos vencedores em mundiais. Também obtiveram resultados de destaque
em competições internacionais a canoagem slalom, o ciclismo, a esgrima, o
levantamento de peso, o hipismo, o tênis de mesa e o tiro esportivo.
Nuzman fez um balanço realista do triênio: "Aumentamos a quantidade
de modalidades que conquistaram medalhas para o Brasil. Sei que podem
questionar alguns resultados que não estavam na expectativa de todos. Há
pontos de atenção que serão abordados pela superintendência técnica do
COB com as confederações. É importante ressaltar que mais de 70% de
atletas disputaram os Jogos Pan-americanos pela primeira vez. Isso
mostra uma renovação importante para o esporte brasileiro. Tivemos, na
delegação, 50% de jovens de 15 a 25 anos. E 75 atletas que participaram
dos Jogos Escolares da Juventude".
O planejamento até os Jogos Olímpicos já está desenhado. O COB e
as Confederações definiram todas as ações que serão colocadas em
prática nos próximos meses. Um dos principais focos de atenção será em
relação à prevenção de lesões. "Em 2015, tivemos alguns casos de
contusões, mas que já conseguimos recuperar através de um bom trabalho
de nossas equipes multidisciplinares. Agora, pretendemos intensificar o
trabalho de prevenção e de recuperação para minimizar o número de baixas
nos Jogos Olímpicos", explica Marcus Vinicius Freire, diretor executivo
de esportes do COB.
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