Totalmente recuperada da trombose venosa profunda na perna esquerda
que sofreu no fim de junho, a capitã da Seleção feminina de Handebol do Brasil,
Fabiana Diniz, a Dara, já deu início a um novo ciclo. A paulista de
Guaratinguetá se transferiu nesta temporada para o clube alemão
Bietigheim e já está a todo vapor, inclusive treinando. Mas, a vontade
de voltar à Seleção é o que move a pivô neste momento.
Já na Alemanha, Dara está passando pelo processo de adaptação ao
novo clube, depois de deixar o francês Nantes Loire Atlantique Handball.
"Já posso treinar normalmente. Estou na Alemanha há mais de 15 dias e
voltei a treinar. Estou muito feliz", comemorou a pivô. "A recepção no
clube foi bem legal. Existe, claro, a dificuldade do idioma, mas as
outras meninas da equipe estão me ajudando muito e tem sido menos
difícil a adaptação. Até já viajei com a equipe para uma semana de
pré-temporada na França", contou.
Detectar a trombose foi um grande susto nunca imaginado antes
pela atleta que há muitos anos faz parte da elite do esporte no País.
Por conta do diagnóstico, Dara teve que ficar de fora da disputa dos
Jogos Pan-Americanos e isso foi extremamente doloroso, mas agora, só
quer saber de seguir em frente e dar o melhor de si nas quadras. "Fiz os
exames e deu tudo certo. Os resultados foram bem favoráveis e segundo o
médico, estou 100% bem. Ter passado por isso serviu de aprendizado para
tudo na minha vida. Valorizar cada segundo, cada oportunidade que a
vida dá, porque pode ser a única. O fato de que talvez não pudesse
voltar a jogar me fez querer desfrutar cada segundo da minha vida como
atleta como se fosse o último", desabafou a capitã.
Durante o período de recuperação, quando seguiu à risca as
recomendações médicas, Dara teve total apoio da família, dos amigos e da
comissão técnica da Seleção Brasileira. "Agradeço muito a minha mãe,
meu marido, família, amigos e fãs que estiveram 200% comigo, sempre me
motivando. Tenho também muito a agradecer à CBHb (Confederação
Brasileira de Handebol), meu médico dr. William e dra. Pauline
Bittencourt da Seleção. Eles foram fantásticos. Ao meu clube, que se
preocupou o tempo todo e esteve apoiando e torcendo pela minha
recuperação, sempre preocupado com minha saúde e um agradecimento muito
especial às meninas da Seleção, que me fizeram sentir toda a emoção dos
Jogos Pan-Americanos mesmo estando longe. Elas são demais. Não tenho nem
palavras para expressar o carinho de cada uma, e principalmente, a Deus
por sempre me livrar de todo mal. Mesmo que as vezes eu não entenda,
Ele sempre sabe o que faz."
No ano em que o Brasil defende o título mundial conquistado em
2013 na Sérvia, Dara quer voltar o quanto antes ao trabalho com o grupo.
"Desejo voltar à Seleção. Espero ser chamada, porque para mim, esse
tempo foi muito duro e serviu para ter mais certeza que o que mais amo e
o que mais me faz feliz é vestir a camisa verde e amarela", afirmou
Dara.
Foto: CBHb
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