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Na marca do pênalti: Au revoir, Henry


























O último ''Na marca do pênalti'' desse ano, é dedicado ao Thierry Henry. Para quem ainda não viu, o jogador anunciou aposentadoria na semana passada, encerrando assim, sua brilhante carreira. Henry se aposenta para virar comentarista da Sky Sports - o melhor canal sobre esportes da Inglaterra, onde receberá por ano, quatro milhões de libras.

Hoje vamos relembrar vinte momentos da carreira do segundo melhor jogador da história da França, na opinião do que vos escreve, é claro.

1 - Inicio da carreira

 Estreou no futebol profissional em 1995, pelo Monaco, onde o técnico do time era Arsène Wenger (com quem viria a fazer sucesso alguns anos depois). Na época, Henry era escalado como meia-esquerda, devido ao controle de bola e velocidade. Curiosamente, ele jogava melhor contra os laterais do que contra zagueiros. Em janeiro de 1999, deixa o clube após um título (Ligue 1 de 1996/1997), e uma campanha memorável na Champions League de 1998, onde o clube alcançou a semifinal. Pelo Monaco, foram 28 gols em 141 jogos.

2- Passagem pela Vecchia Signora


 
Zidane e Henry: a grande parceria da dupla também passou pela Juve































Em janeiro de 1999, Henry chegava no Calcio, onde jogaria no time que teve o seu maior fracasso. A Juventus pagou ao Monaco pouco mais de 10,5 milhões de libras para contar com o futebol do jogador. Só que ficou por pouco tempo na Itália, pois Thierry não conseguiu se adaptar no estilo defensivo do time. Deixou Turim com uma péssima impressão, após 16 jogos e apenas 3 gols.

3 - Chegada no Arsenal e o Auge


Agosto de 1999 foi o começo da afirmação de Henry no futebol mundial. Chegou ao Arsenal por 11 milhões de libras, como aposta de Arsène Wenger, com quem já havia trabalhado no Monaco, quatro anos antes. Chegou para substituir Anelka que foi vendido e foi logo posto de atacante. O início foi difícil. Oito jogos e nenhum gol marcado, mas ainda assim, terminou com 26 gols em 47 jogos. Wenger descobria até então que Henry seria a peça chave para as vitórias dos Gunners. Na sua temporada seguinte, marcou menos gols, porém acabou como artilheiro do time, com 22 gols marcados em 53 jogos.

A temporada de 2001/2002 foi o ano de Afirmação de Henry como um dos melhores atacantes e jogadores do mundo. Marcou 32 gols em todas as competições que jogou e conquistou seus primeiros títulos pelo clube: a Premier League (foi o artilheiro da temporada com 24 gols), FA Cup e a FA Community Shield. 

Na temporada seguinte, se mostrou novamente regular, marcando o mesmo número de gols da temporada anterior, porém deu mais assistências para gol (24 passes para gol). Conquistou a FA Cup novamente e mais do que isso, foi eleito em janeiro de 2002, o segundo melhor jogador do mundo, pela FIFA.

O auge máximo da carreira de Henry e da história do Arsenal veio em 2003/2004. A temporada histórica dos londrinos veio com a conquista invicta da Premier League, sendo assim o primeiro clube em mais de um século a vencer a liga sem derrotas. Conquistou a chuteira de ouro da UEFA, prêmio destinado ao jogador com mais gols marcados em toda a Europa, ao marcar um total de 39 gols em todas as competições, sendo 30 deles pela liga. Muitas pessoas na Inglaterra apontavam que Henry deveria ser eleito o melhor do mundo em 2004, mas na Espanha, Ronaldinho Gaúcho estava no seu auge também e venceu a premiação.











4 - Despedida do Highbury





























No dia 7 de maio de 2006, O Arsenal enfrentava o Wigan, pela Premier League e o jogo era muito especial. Era o último jogo do Highbury Stadium (este seria substituído pelo Emirates Stadium) e Henry deu a vitória para o Arsenal, marcando 3 gols no jogo e dando a vitória por 4-2. Henry marcou o penúltimo gol do Highbury e saiu como o maior artilheiro dele e com o recorde de mais gols em qualquer estádio utilizado na Premier League (114 gols).

5 - Quebra de recordes, frustrações e despedida






No dia 17 de outubro de 2005, Henry marcou dois gols contra o Sparta Praga, na Champions League. Com os dois gols, Henry virou o maior artilheiro da história do Arsenal, ultrapassando Ian Wright, que tinha marcado 185 tentos.

Já no ano seguinte, em partida contra o West Ham no dia 1º de fevereiro pela liga nacional, Henry marca de novo, faz seu 152º gol e quebra o recorde de gols histórico de Cliff Bastin. Foi um dos poucos momentos de alegria na temporada, já que o Arsenal perdeu o título da liga para o Chelsea e o vice-campeonato da Champions League, após a derrota para o Barcelona.

Após ser vice-campeão por duas vezes, nunca uma temporada foi tão difícil para Henry. Ela foi marcada por muitas lesões, algo que nunca havia acontecido com tanta frequência em sua passagem pelo Arsenal. Finalizou a temporada com 12 gols em 27 jogos, sendo 10 pela Premier League, incluindo gols contra o campeão Manchester United. A temporada acabou para Henry em março, devido à piora de lesões já existentes. No começo se pensava que ele perderia algumas semanas, mas exames revelaram que ele precisaria de três meses para total recuperação, perdendo o restante da temporada. Esta havia sido a pior temporada do francês pelos Gunners.

Após 369 jogos e 226 gols, Henry encerrava sua passagem fantástica no Arsenal. Iria para a Espanha. Henry saiu emocionado, mas não disse adeus e sim um ''até breve''.

6 - Barcelona e a decadência



Henry chegou com status de craque no Barcelona, após uma brilhante passagem pela Inglaterra. Os catalães pagaram 24 milhões de euros pelo jogador, que receberia um salário de sete milhões de euros por temporada. Mas ele não foi nem sombra do que havia sido no Arsenal. Ele ficou por três anos no clube culé e era nítida sua decadência, provando que não iria repetir suas grandes atuações de outrora. 

Chegou a perder vaga no time titular para Pedro, que havia subido das categorias de base. Terminou sua última temporada na Espanha com 32 jogos e decepcionantes quatro gols. Após a Copa de 2010, entrou em acordo com a diretoria e saiu do time. Mesmo não tendo destaque, estava no elenco que conseguiu ser campeão de tudo no Barcelona em 2008/2009 e conquistou pela primeira e única vez em sua carreira a Champions League.


7 - A chegada no Soccer 


 Em julho de 2010, Henry surpreende o mundo e anuncia que vai jogar nos Estados Unidos. Mais precisamente no New York Red Bull. Isso mostra o quão decadente ele estava, mas não de talento e sim, competitividade. Henry não teve aquele destaque da mídia esportiva mundial, mas volta e meia ele aparecia em programas esportivos por belos gols que marcava. É bem verdade que o francês não era mais o mesmo jogador, mas ainda assim fazia seus gols e dava passes para muitos.

8 - Retorno para o Arsenal

 Como a MLS estava sem jogos, Henry voltou ao Arsenal em um empréstimo de dois meses em 2012. Apenas dois meses foram o suficientes para a torcida matar a saudade e relembrar os tempos gloriosos do jogador. Contra o Leeds, entrou como reserva e marcou o gol da vitória. No seu último jogo, marcou na vitória contra o Sunderland por 2-1. Foram apenas 4 jogos e 2 gols.

9 - De volta a New York


Henry volta ao Red Bull para tentar dar a primeira MLS Cup, mas não obteve sucesso. Mas conseguiu quebrar um recorde. Em julho de 2013, Henry forneceu um gol e três assistências em um 4-1 contra o Columbus Crew. Com as três assistências, ele se tornou o maior assistente da história do clube, com 37 passes para gol, superando Amado Guevara e Tab Ramos.

10 - Aposentadoria


Após quatro anos e meio de Red Bull e dos Estados Unidos, Henry anuncia que deixará o clube.  E a Inglaterra estava praticamente convencida que Thierry voltaria para jogar no Arsenal e encerrar sua carreira. Nada disso. Na última terça-feira (16), anunciou sua aposentadoria para ser comentarista no canal Sky Sports. Henry se aposenta com 792 partidas e 360 gols.

Claro que não posso deixar passar seus momentos pela seleção francesa, onde teve e foi destaque por muitos anos na seleção. Seria até mesmo um erro grosseiro não citar os Les Bleus e não falar o nome de Henry. 

Os dez melhores momentos de Henry pela França:

1 - Convocação para o sub-20




Eis a primeira foto de Henry com a camisa da seleção francesa. Em junho de 1997, Henry foi recompensado pelo bom futebol que apresentava no Monaco com uma convocação para a Seleção Francesa Sub-20, onde jogou o Mundial Sub-20 ao lado de seus futuros companheiros de clube William Gallas e David Trézéguet.

2 - Convocação para a seleção principal

 A foto é de seu primeiro jogo pela seleção principal, contra a África do Sul, em outubro de 1997. O treinador da França na época, Aimé Jacquet ficou tão impressionado com o futebol do francês que decidiu dar outras chances para Henry.

3 - Primeira Copa do Mundo e primeiro título

Henry e Trezeguet comemoram um dos gols da vitória contra a Arabia Saudita por 4 a 0, na Copa da França, em 1998

















A seleção francesa era a única que podia bater de frente com a seleção brasileira na época e na França, henry fazia parte daquele grande time. Ele foi artilheiro da França na Copa com três gols, sendo todos na fase de grupos. Na final não jogou, mas foi um dos melhores jogadores da França na Copa.

4 - Decisivo na Euro 2000 e segundo título pela seleção




Henry, junto com Zidane e a seleção francesa, foram decisivos para a conquista da Euro 2000. Henry marcou de novo três gols, mas eles foram decisivos. Inclusive, contra Portugal, onde marcou o gol de empate dos Bleus. Novamente foi o artilheiro da França em competições.

5 - Decepção mundial na Ásia





A imagem resume bem o que foi a Copa de 2002 para a França e Henry. Em 2002 fizeram a pior campanha da história de um campeão mundial, sendo eliminados sem marcar pontos ou gols. na primeira partida, mandou uma bola por cobertura no travessão. Na segunda partida da fase de grupos, um Henry , muito nervoso foi expulso após um carrinho violento em Darío Rodríguez. Fim da Copa para ele.

6 - Redenção um ano depois



Na Copa das Confederações de 2003, sem as estrelas de Zidane e Patrick Vieira, Henry teve grande participação na conquista da Seleção Francesa, sendo eleito pela FIFA o homem do jogo em três das cinco partidas. Na final, ele marcou na morte súbita, o que ocasionou a vitória da França sobre a Seleção Camaronesa por 1-0. Henry recebeu a Bola de Ouro por ser o melhor jogador do torneio e a Chuteira de Ouro por ser o artilheiro, com quatro gols.

7 - Copa de 2006 e o vice amargo




A frança chegou a Copa de 2006 desacreditada, mas como sempre favorita. A equipe foi crescendo e conseguiu chegar à final. Só que a Itália foi campeã nos pênaltis. Henry marcava três gols em um mundial novamente, sendo um deles contra a seleção brasileira e o gol que causou a nossa eliminação da Copa. Henry nada pode fazer para evitar a derrota na final, mas entrou na seleção do torneio pela FIFA.

8 - O maior artilheiro de uma nação


No dia 17 de outubro de 2007, Thierry Henry entrava para a história da França. No jogo das eliminatórias para a Eurocopa, contra a Lituânia, ele marcou um doblete e se tornou o maior artilheiro da seleção francesa, ultrapassando Michel Platini.

9 - Gol polêmico e o fracasso na África


Contra a Irlanda, Henry fez o lance mais polêmico de toda sua carreira. No último lance, ele consegue ganhar uma jogada na linha de fundo e para evitar que a bola saísse, colocou a mão nela e cruzou para Gallas marcar e classificar os franceses para o mundial de 2010. Só que a França viu, a Irlanda viu, Deus viu, enfim, todo mundo viu que a mão foi clara, menos o juízão que não viu e não marcou irregularidade. Os Irlandeses foram à FIFA, mas de nada adiantou.

Já em 2010, a França foi exposta ao ridículo por tudo que envolveu a Copa. Terminou em último no seu grupo e não venceu um jogo sequer e só marcou um gol. A equipe ficou virada do avesso quando Nicolas Anelka foi expulso da equipe, e o capitão Patrice Evra liderou um protesto na equipe por se recusar a treinar. Vergonha francesa.

10 - Aposentadoria da seleção

 Henry mal jogou a Copa. Foi reserva em quase todo mundial e após o jogo que culminou na eliminação francesa, Henry anunciou a sua aposentadoria da seleção após 13 anos atuando pelos Bleus, entre 1997 e 2010. Henry marcou um total de 51 gols em 123 jogos, fixando-se entre os maiores jogadores da história da França e o maior artilheiro da seleção.

Alguns dos gols de Thierry Henry



Prêmios individuais

Equipe da Euro: 2000

Bola de Ouro da Copa das Confederações: 2003

Chuteira de Ouro da Copa das Confederações: 2003

Equipe da Copa do Mundo: 2006

World XI Atacante: 2006

Chuteira de Ouro da UEFA: 2004, 2005

Equipe do ano da UEFA: 2001, 2002, 2003, 2004, 2006

Onze d'Or: 2003, 2006

Jogador francês do ano: 2000, 2003, 2004, 2005, 2006

Chuteira de Ouro da Premier League: 2001/2002, 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006

Futebolista Inglês do Ano pela PFA: 2002/2003, 2003/2004

Equipe do Ano pela PFA: 2000/2001, 2001/2002, 2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006

Futebolista Inglês do Ano pela FWA: 2002/2003, 2003/2004, 2005/2006

Jogador jovem da temporada na Ligue 1: 1996/1997

Jogador do mês na Premier League: abril de 2000, setembro de 2002, janeiro de 2004 e abril de 2004

Gol da temporada no Reino Unido: 2003

FIFA 100

Time 100: 2007

Hall da fama do futebol inglês: 2008


O ''Na marca do pênalti'' volta agora só no ano que vem. Boas festas para todos e até mais!

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