O ano de 2014 não foi o esperado para Sarah Menezes. A
judoca não repetiu os mesmos resultados apresentados nos últimos dois
anos, perdeu a liderança do ranking mundial e agora vê até a terceira
posição ameaçada. Em um ano, Sarah observou a redução em 25% dos seus
pontos. Reconhecendo a queda no desempenho, o treinador da atleta,
Expedito
Falcão, alerta para as mudanças que a piauiense deve passar para se
manter no topo,
porém minimiza preocupação com os números do ranking.
Sarah terminou 2013 na liderança do ranking mundial na
categoria até 48kg com 2.654 pontos, 444 pontos à frente da então segunda
colocada, a mongol Urantsetseg Munkhbat. No decorrer de 2014, a brasileira foi
ultrapassada pela rival no mês de maio, após um ano e oito meses na liderança absoluta do judô.
Em
dezembro, no último ranking da Federação Internacional de Judô, a
campeã olímpica olha pelo retrovisor a japonesa Ami Kondo ameaçar a
segunda posição. No ranking divulgado nesta quinta-feira pela FIJ,
Munkhbat
aparece na ponta com 3.180 pontos, mais de 1200 pontos de folga para
Sarah
Menezes, que tem 1.956. Na sua cola, Kondo aparece com 1.890 pontos. A
argentina Paula Pareto (1.660) e a Húngara Eva Csernoviczki (1.580)
completam o Top 5.
Em 2014, Sarah
participou de seis competições com a seleção brasileira de judô. Foram três medalhas – ouro
no Grand Slam da Rússia, prata no Pan-Americano de Equador e bronze no Grand
Prix de Cuba – e duas eliminações, no Mundial e no Grand Slam de Paris. O ano
foi fechado com uma quinta colocação em mais um Grand Slam, o de Tóquio.
O treinador de Sarah, Expedito Falcão, acredita que sua
pupila ainda não está completamente adaptada às novas regras do judô,
fato que pode contribuir com o seu desempenho nos tatames. Em sua
opinião, ainda não é momento
para grandes preocupações, mas o sinal de alerta já foi ligado.
- Ela está em um período não muito bom, mas está no limite
do que esperávamos que poderia cair. A partir de 2015, se tiver interesse de
ser campeã olímpica de novo, tem que mudar algumas coisas, trabalhar outros
fundamentos, para dar um upgrade nesse final de ciclo. É fundamental que ela
entenda que muitas coisas mudaram, e ainda estão algumas coisas meio soltas –
comenta o treinador.
Se o desempenho dentro dos tatames já chama a atenção de
Expedito, a posição no ranking mundial aparece como preocupação secundária.
Para ele, mesmo tendo perdido a liderança, Sarah permanece como uma das
principais candidatas ao ouro olímpico, e precisa se focar apenas em ficar
entre as quatro primeiras posições para poder ser cabeça de chave.
- Isso é muito relativo. Nos Jogos Olímpicos quase todas as
líderes do ranking mundial perderam. Isso só influencia na hora de escolher
cabeça de chave e para isso ela tem que se manter entre as quatro. O
importante é isso, que deixa ela em uma situação teoricamente mais fácil, já
que só vai enfrentar as atletas principais a partir das quartas de final –
finaliza.
Foto: IJF
Fonte: Globoesporte.com
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