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Atletas respeitam história de Vinicius e Tom, mas preferiam outros nomes


Se o público escolheu e aprovou Vinicius e Tom como os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, respectivamente, os atletas brasileiros nem tanto. Sempre respeitando a importância de Vinicius de Moraes e Tom Jobim para a cultura brasileira, as estrelas do esporte nacional estavam a favor de outros nomes. Fabiana Murer, Cesar Cielo e Arthur Zanetti escolheram Oba e Eba (opção que ficou em segundo lugar na votação), enquanto o melhor atleta do taekwondo, Guilherme Dias, queria uma homenagem a um campeão olímpico. 

Arthur Zanetti, campeão olímpico de ginástica artística nas argolas e atual vice-campeão mundial do aparelho, não votou em Tom e Vinicius como nome:

- Eu queria Oba e Eba, mas gostei de Vinícius e Tom pelo fato de serem nomes e que marcaram a história e a cultura do Brasil. Vinícius de Moraes e Tom Jobin  são conhecidos internacionalmente. São nomes fortes e relacionados a uma boa imagem do Brasil. Acho que eles podem trazer energia positiva para todos os atletas que vão competir nos Jogos do Rio - disse.

Já Guilheme Dias, medalha de bronze no Mundial do ano passado e 9º colocado no ranking mundial de taekwondo na categoria até 58kg, queria que os mascotes tivessem nomes de algum atleta olímpico:

- Achei bacana as homenagens, mas acredito que podiam ter escolhido nomes de pessoas que fizeram história no esporte olímpico brasileiro - disse Guilherme Dias.

Maior estrela da natação brasileira, Cesar Cielo havia falado nas redes sociais que preferia os nomes Oba e Eba, assim como Fabiana Murer, única campeã mundial a céu aberto da história do atletismo brasileiro. 

No entanto, alguns dos principais atletas nacionais já tinham dito que a preferência era por Tom e Vinicius. Sarah Menezes, campeã olímpica do judô, é um exemplo, assim como Daniel Dias, maior campeão paralímpico da história brasileira. 

- Tom era a opção mais bacana mesmo entre as que estavam disponíveis. Era a que eu estava torcendo. Acho muito legal que a população possa ter participado deste processo e também que agora já tenhamos um nome para chamá-lo - disse Daniel, dono de dez medalhas de ouro na história das paralimpíadas.

A bicampeã olímpica Dani Lins acredita que os nomes são fáceis de falar, portanto, uma ótima escolha para os mascotes:

- Gostei da escolha dos nomes. Ficou legal, fácil para as crianças falarem. Vinicius e Tom representam uma bonita homenagem a dois grandes artistas brasileiros - disse a levantadora do Osasco. 

Na votação, Oba e Eba ficaram com 38% dos votos e Tiba Tuque e Esquindim tiveram 18% da preferência do público.

O QUE ELES FALARAM

- Sou admiradora do trabalho de ambos e, apesar de não visualizar ligação deles com os Jogos Olímpicos, achei uma linda homenagem e quero ter motivos para eternizá-los na minha vida pós Olimpíadas - Yane Marques, medalhista olímpica do pentatlo moderno

- Estava torcendo para esses nomes ganharem. É uma justa homenagem a grandes personagens do Rio de Janeiro - Mauro Vinicius "Duda", bicampeã mundial do salto em distância.

- Os dois nomes são bem conhecidos no exterior e ligados a cidade do Rio de Janeiro. Certamente foi uma escolha que vai fazer com que as pessoas lembrem da cidade e da nossa cultura, através da música – Fernanda Berti, atleta do vôlei de praia

- Os mascotes são homenagem a flora e a fauna do Rio de Janeiro. A escolha dos nomes ligados a personagens importantes da cultura da cidade foi ótima. Dessa maneira estamos homenageando as coisas que fazem os estrangeiros ficarem encantados com o Rio – Talita Antunes, campeã do Circuito Mundial de vôlei de praia em 2013. 

- Eu achei que foi uma homenagem justa ao nosso poeta Vinicius de Moraes e ao compositor Tom Jobim. Dois ícones da cultura do nosso país e música tem a ver com felicidade assim como o esporte também tem - Thiago Camilo, medalhista olímpico do judô

- O pessoal acabou optando pelos nomes que significavam uma homenagem para dois grandes artistas brasileiros, de projeção internacional. Agora eles também serão imortalizados pelo esporte - Renzo Agresta, melhor atleta da esgrima do Brasil 

- É uma homenagem mais do que merecida a um grande artista brasileiro, que merece ser homenageado. É uma referência da nossa cultura e pode nos servir como referência. Além disso, é uma palavra fácil de ser entendida. Fiquei bastante satisfeita com a escolha - Terezinha Guilhermina, dona de dois ouros nas Paralimpíadas de Londres no atletismo (100m e 200m rasos para deficientes visuais) 

- Eu tento sempre me concentrar mais na competição, deixo esta parte um pouco mais de lado. Mas foi uma escolha justa, numa votação feita para o público, onde todo mundo pôde dar a sua opinião. Então fiquei bem feliz com a escolha, acho um bom nome - Yohansson Nascimento, campeão paralímpico dos 200m na categoria T46.

- Acho que Tom foi uma boa escolha principalmente porque é fácil para os turistas, para os estrangeiros.  Eu também gostava bastante de Oba e Eba, mas acho que ficou de bom tamanho porque é algo que se refere a um patrimônio da cultura nacional - Leomon Moreno, atleta do Goalball, vice-campeão paralímpico em Londres.  

Fonte: globoesporte.globo.com

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