A cobrança natural por resultados em cima dos ombros de
uma campeã olímpica vem sendo bem assimilada por Sarah Menezes. Madura, a
judoca reconhece a concorrência forte na categoria ligeiro (até 48kg) e espera
encerrar o ano de 2014 com pódios nas duas últimas competições: o Grand Prix
Nacional Interclubes, em novembro, e o Grand Slam Tóquio, no início de
dezembro.
Em cinco competições em 2014, Sarah
subiu ao pódio em três, conquistando o ouro no Grand Slam de Tyumen, na
Rússia. Foram duas eliminações, no Mundial – principal torneio do ano – e
no
Grand Slam de Paris. A judoca ainda teve uma prata no Pan-Americano, no
Equador, e um bronze em Cuba, no Grand Prix – primeiro torneio que
contou
pontos no ranking olímpico para os Jogos do Rio. Uma lesão nas costas,
durante
um treino em Teresina, acabou tirando Sarah do Sul-Americano. Na
primeira análise, o desempenho pode levantar dúvidas. Mas para Sarah,
cada torneio tem um momento diferente.
- Todas as competições eu espero
sempre ficar no pódio, meu principal objetivo. Não tem como comparar uma
competição com a outra. É muito estudo, todo mundo tenta ficar entre os primeiros.
Quando a gente fica fora do pódio é algo inexplicável, considero. O judô é um
esporte talvez ingrato por conta dos resultados. Não tem uma constante, sempre
estamos rodando, mudando – considerou Sarah.
O ano da judoca ainda teve a
perda da liderança do ranking da Federação Internacional de Judô. Após um ano e
oito meses no topo, Sarah agora é vice-líder, atrás da mongol Urantsetseg
Munkhbat. A diferença entre as duas é de 874 pontos. A atleta ironizou a temporada.
- Na minha categoria têm umas 15
judocas que podem muito bem entrar no pódio. Porém, lá cabem apenas quatro.
Como faz então? Não cabe todo mundo. É disputado, equilibrado. Vamos encerrar o
ano bem, com pódio.
Foto: Josiel Martins
Fonte: Globoesporte.com
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