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Após "displicência", Victor Penalber sonha com Jogos "em casa" e pódio


 O judoca Victor Penalber, terceiro no ranking mundial da categoria até 81 kg, é uma das esperanças de medalha para o Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Em entrevista ao canal a cabo SporTV, com direito a participação da sua família, o irmão da lutadora olímpica Giulia Penalber lembrou o episódio em que recebeu uma suspensão de dois anos por uso de um diurético, contou como foi a escolha pelo judô na infância e projetou uma possível disputa em família nos Jogos, já que Giulia também está na briga pela classificação.

- Primeiro tem que carimbar a vaga lá (risos). A gente busca pequenos objetivos para estar sempre evoluindo. Então, é preciso evoluir o máximo que a gente puder para chegar em 2016 voando. Acho que não teria presente melhor se realmente viesse em 2016. E com medalha - disse Victor.

  Em novembro de 2008, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) confirmou doping de Victor por uso de furosemida. O judoca foi flagrado durante o Mundial por equipes, disputado em Tóquio, no Japão, e acabou suspenso por dois anos. Na época, o brasileiro estava com 18 anos de idade. Passadas seis temporadas, Victor Penalber reconheceu que o episódio foi fruto de uma displicência, mas que o período longe dos tatames o ajudou no amadurecimento.

- Eu queria competir, e precisava emagrecer para viajar (para o Japão) com a seleção. Estava sem treinar por estar machucado. Então fui displicente, não procurei saber as coisas e fazê-las corretamente. E a pena é bastante dura no esporte. Na época eu era só um garoto. Era um menino mesmo. Bastante irresponsável até certo ponto. Acho que esse período foi importante para eu virar um homem realmente. Foi como se eu amadurecesse muito mais rápido do que eu amadureceria. A vida me ensinou muito - revelou.

  Após o gancho, o judoca brasileiro voltou competindo no Grand Slam de 2012, que aconteceu no Rio de Janeiro. E foi um retorno ao tatame em grande estilo. Com a seleção olímpica poupada para os Jogos de Londres, que aconteceram no mesmo ano, o Brasil conseguiu a melhor campanha da história com 34 medalhas: cinco de ouro, 11 de prata e 18 de bronze. Giulia Penalber conta que a família foi acompanhar o irmão "in loco" e viu o apoio prestado durante o gancho ser retribuído com uma conquista. 

- O Victor voltou a competir. E a gente foi assistir à primeira competição grande dele depois de um tempo fora, que foi o Grand Slam, aqui no Rio, em 2012. Estávamos na expectativa, sabíamos que ele estava bem. Mas, como ele não competia há muito tempo, não tínhamos noção de como ele estaria competindo com os atletas de fora. Vieram atletas duríssimos, medalhistas mundiais, de Olimpíadas. E ele foi passando por um, passando por outro. Quando a gente viu ele ganhando a final do americano (Travis Stevens) na bandeirada, a gente começou a chorar. Foi a maior festa, emoção - lembrou a lutadora.

Victor também lembrou a infância e contou sobre o desejo do pai para que os filhos praticassem algum esporte. Ele revela que chegou a experimentar outras modalidades, mas foi o judô que o conquistou. Inicialmente, apenas como uma brincadeira.


- Meus pais queriam que a gente praticasse algum esporte, então a gente começou a praticar tudo. Fazia judô, futsal e natação. Foi muito mais tarde (que levou o judô a sério). No início era muito de brincadeira, mas sempre uma brincadeira muito séria - resumiu.


Foto: Reprodução
Fonte: SporTV.com

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