A dois anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a CBF projeta o
desenvolvimento da seleção que vai disputar o torneio. A ideia é que o
técnico Alexandre Gallo comande o time em até 16 amistosos para definir o
elenco. Alguns destes jogos serão no Brasil e, de quebra, terão uma
função extra: dar uma mãozinha aos estádios construídos para a Copa do
Mundo e que pouco são utilizados.
Entre as Séries A, B e C do Brasileiro, Copa do Brasil e Copa
Sul-Americana, os estádios voltaram a ser utilizados após o Mundial,
encerrado em julho, em 62 oportunidades. O Maracanã, palco dos jogos de
Flamengo, Fluminense e Botafogo, lidera a lista, com 11 partidas. Em
seguida, a Arena das Dunas, com oito jogos. Na rabeira estão Mané
Garrincha, com dois jogos, e a Arena Amazônia, sem ter sido palco de um
jogo sequer após a Copa do Mundo. Este último custou cerca de R$ 604
milhões, sediou quatro partidas no Mundial e próxima atividade será o
jogo entre Oeste e Vasco, pela Série B, apenas no dia 16 de setembro.
"Vamos
adequar em cada situação. A ideia é usar as arenas que foram
construídas e fazer com que a seleção jogue em alguns lugares que estão
meio ociosos no Campeonato Brasileiro", afirmou o coordenador de
seleções da CBF, Gilmar Rinaldi.
O dirigente se mostrou satisfeito
com o plano olímpico. Além de utilizar os estádios que caminham na
direção de se tornar elefantes brancos, a seleção sub-21 percorrerá o
Brasil para desenvolver afinidades com o torcedor. Tática para tornar o
apoio popular em 2016 mais indicado na disputa pela inédita medalha de
ouro.
No início do mês, Gallo convocou jogadores para formar a
seleção que vai disputar os três primeiros amistosos rumo à Olimpíada.
Os três amistosos serão em Doha, no Qatar. O primeiro, no dia 3 de
setembro, será contra a seleção sub-22 do país. No dia 6 de setembro
será a vez da Palestina sub-23. Já no dia 9 o adversário será a seleção
principal do Líbano.
"Mais para frente vamos convidar adversários
europeus e da América para testar bem esse grupo. E daí faremos esses 15
ou 16 jogos que estamos calculando até a Olimpíada contra grandes
seleções", afirmou Gallo.
Sobre a possibilidade de contar com
Neymar, Gallo garantiu que ainda é cedo para iniciar conversas com o
Barcelona, uma vez que o atacante teria de ser liberado em comum acordo
por ter mais de 23 anos em 2016. Perguntado se o craque era nome certo,
ele sorriu:
"Se a Argentina se classificar você colocaria o Messi?
Portugal com Cristiano Ronaldo. É inevitável", finalizou o treinador
das seleções de base.
Foto: Divulgação
Fonte: ESPN
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