Influenciado pelos problemas nos preparativos do Brasil para a Copa 
do Mundo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou o Rio de 
Janeiro devido aos atrasos para os Jogos de 2016, mas as obras agora 
estão em dia, afirmou na última quarta-feira 24 o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
“O
 que se teve foi uma cobrança pública, não teve ameaça. Saí me 
explicando. Eles são super sérios e têm padrão excepcional”, disse o 
prefeito a jornalistas.
Em abril, os Jogos do Rio foram duramente criticados pelas federações 
internacionais e o vice-presidente do COI, o australiano John Coates, 
chegou a dizer que os trabalhos no Brasil para os Jogos de 2016 eram "os
 piores" que ele já viu.
O COI, então, anunciou uma série de medidas para acelerar os 
trabalhos, incluindo a contratação de mais monitores e de gerentes de 
projetos para fiscalizar o andamento da preparação, além de ampliar o 
número de viagens ao Rio do diretor de Jogos Olímpicos da entidade, 
Gilbert Felli.
A menos de dois anos para os Jogos, Paes garantiu 
que o Parque Olímpico, a Vila dos Atletas e até o Complexo de Deodoro, o
 local mais atrasado, estão dentro do prazo e não serão problemas para 
2016.
“Assumimos esse projeto em dezembro do ano passado e está em
 dia e no prazo”, afirmou ele sobre Deodoro. Até pouco tempo, essa era a
 principal dor de cabeça da cidade na preparação dos Jogos, o que gerou 
uma preocupação do COI.
RIO x LONDRES
O prefeito do 
Rio fez várias comparações entre obras em andamento com as realizadas 
para os Jogos de Londres, em 2012, para mostrar que o ritmo atual está 
mais avançado que no mesmo período que antecedeu a Olimpíada na 
Inglaterra.
Paes disse que os dois principais estádios de 2016, 
Maracanã e Engenhão, que está passando por um reforço estrutural de 
cobertura, estão “prontos”, diferentemente do Estádio Olímpico de 
Londres faltando menos de dois anos para o evento.
“As
 coisas vão muito bem e num estágio muito legal. Temos uma fama ruim e 
temos que provar que estamos fazendo direito. A fama boa dos ingleses 
ajudou a organizar os Jogos de Londres”, afirmou ele.
Ainda 
segundo Paes, a preocupação internacional que se criou antes da Copa do 
Mundo era infundada, porém justificável. “Eles (COI) pensavam: faltando 
um mês e eles (Brasil) não conseguiram concluir o estádio de abertura do
 esporte mais importante do país, imagina com outros esportes como 
canoagem slalon”, disse o prefeito na palestra.
Para ele, a 
trajetória do país para o Mundial foi muito desgastante em razão de 
atrasos em estádios e infraestrutura, aumentando o grau de incerteza 
sobre o sucesso das obras para 2016.
“A jornada da Copa do Mundo 
foi uma tragédia tremenda, mas se me perguntar se foi o que devia ser, 
eu diria que não. Mas depois do êxito da Copa do Mundo, a percepção é 
melhor agora e o sucesso da Copa ajudou no processo de recuperação da 
Olimpíada para que a jornada não seja tortuosa”, completou.
Fonte: IG/Reuters

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