Representantes da
Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) estiveram em Santa
Cruz do Sul na última sexta-feira, para a apresentação de um projeto de
construção de uma arena de esportes de gelo que viabilizaria a prática
de patinação artística, patinação de velocidade, hóquei e curling
(modalidade similar ao eisstocksport). O grupo foi recebido pelo
secretário municipal de Segurança, Cidadania, Relações Comunitárias e
Esporte, Henrique Hermany. Também participaram do encontro os
secretários municipais de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e
Tecnologia, Cesar Cechinato; de Educação e Cultura, Nazário Bohnen;
representantes da Associação de Entidades Empresariais (Assemp); das
escolas de patinação Xlise e Patins Sul; e atletas da Federação Gaúcha e
Desportiva de Eisstocksport (Centro Cultural 25 de Julho).
Conforme
o superintendente técnico da CBDG, Matheus Figueiredo, atualmente o
Brasil conta com cinco ringues de gelo, um deles situado na Serra
Gaúcha, em Gramado. No entanto, nenhum possui as medidas oficiais (30m x
60m para patinação e hóquei e 5m x 45m para curling), necessárias para a
realização de competições. “Tanto a pista gaúcha quanto as demais,
localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas, possuem foco no
lazer, tendo a maioria 10m x 30m”, explica. Ele acredita que Santa Cruz
do Sul teria capacidade de sediar a estrutura, o que elevaria o
município ao status de capital do gelo no Brasil e na América do Sul.
“Queremos mostrar que é possível construir uma pista neste nível em
qualquer cidade do país e, em cima dela, criar inúmeras oportunidades de
negócios”, destacou.
De acordo com o projeto apresentado, a obra
pode ser custeada a partir de incentivos privados e públicos,
considerando a possibilidade de captação de recursos através de leis de
incentivo e convênio junto ao Ministério do Esporte. A construção de
lojas e restaurantes no complexo, o funcionamento de escolas de
patinação e hóquei, a locação do espaço para eventos e a realização de
campeonatos são algumas das alternativas para contribuir na manutenção
da pista, cujo valor pode variar entre R$ 30 e R$ 50 mil. O custo total
para a construção da estrutura é estimado em R$ 10 milhões.
O secretário Henrique Hermany ressaltou que o município avalia a
proposta com bons olhos, e se dispõe a ceder uma área para a criação do
primeiro polo de gelo da América do Sul, enquanto a CBDG assumiria a
elaboração do projeto. “Temos atletas que consolidaram o nome Santa Cruz
no exterior como referência na patinação sobre rodas e no
eisstocksport. A construção de uma estrutura de gelo no município
certamente seria muito valorizada, além popularizar os esportes no gelo e
atrair a mídia internacional através de competições oficiais”, disse.
Fonte: GAZ.com.br
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