Depois de quebrar o recorde mundial júnior nas eliminatórias dos 100m
livre, no Troféu Maria Lenk, na manhã do último sábado, o nadador Matheus
Santana, de 17 anos, melhorou a marca na final. A jovem revelação da
Unisanta faturou a medalha de prata na prova à noite com o tempo de
48s61, o sétimo tempo no mundo em 2014 na distância. Na classificação,
ele havia obtido 48s85. O ouro ficou com Cesar Cielo, do Minas Tênis
Clube, com o tempo de 48s13, e o bronze foi para João de Lucca, do
Pinheiros, com 48s67.
Os recordes mundiais juniores foram criados pela Federação
Internacional de Natação (Fina) em abril deste ano. Foram adotados como
parâmetros os tempos dos campeões do Mundial Júnior de Dubai (EAU), em
agosto de 2013. A marca dos 100m livre era do americano Dressel Caeleb:
48s97.
- Acho que ainda posso melhorar a saída e a virada. Se tivesse
conseguido fazer melhor esses dois fundamentos, podia ter feito na casa
dos 48s1 ou 48s2. Mas não fico pressionado por bater o recorde, fazer o
terceiro, primeiro ou sétimo tempo. Procuro fazer o melhor que posso.
Não vou ao Pan-Pacífico porque meu foco serão os Jogos Olímpicos da
Juventude (em Nanquim, na China, em agosto), tudo bem passo-a-passo. Sou
carioca, mas hoje moro em Santos com o meu pai, minha mãe vai pra lá
sempre que pode. Vivo bem perto da Universidade e tenho uma vida
tranquila - afirmou Santana.
O tempo de Cielo na final foi o terceiro do mundo em 2014. Ele fica
atrás dos australianos James Magnussen (47s59) e Cameron McEvoy (47s65).
- Foi um Maria Lenk muito bacana e estou satisfeito por voltar a
nadar e bem um monte de provas. Estava incerto de como ia ser, pois ano
passado só nadei os 50m livre pelo Clube de Campo de Piracicaba, mas foi
bem legal. O trabalho vem dando certo, ainda com ajustes por fazer e
começar a pensar nos próximos campeonatos para ser ainda mais rápido. A
vitória nos 100m livre tem um gosto especial porque foi um desafio
maior. Temos planos bem ambiciosos no revezamento, pois acho que posso
nadar pra 47, assim como o Marcelo (Chierighini) e o João (de Lucca), e
com a evolução que o Matheus vem tendo, acho que podemos ganhar uma
medalha. Matheus tem tudo pra ser o próximo nome do 100m livre no Brasi -
disse Cielo, eleito ao lado da dinamarquesa Jeanette Ottesen Gray, do
Corinthians, como os atletas mais técnicos da competição.
O
Troféu Maria Lenk deste ano teve um recorde sul-americano igualado,
dois brasileiros e 11 recordes de campeonato. A competição foi a última
seletiva para o Campeonato Pan-Pacífico, em agosto, na Austrália.
Foto: Getty Images
Fonte: Terra/Lancepress
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