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Em 5 de março de 2013, os ginastas Diego Hypolito, Daniele Hypolito e Jade Barbosa foram surpreendidos por uma recém-chegada diretoria, presidida por Eduardo Bandeira de Mello, com o fim do apoio à ginástica no plano profissional no clube.
Os grande nomes do esporte olímpico brasileiro saíram pelas portas do Rubro-Negro sem saber bem o que seria de seu futuro e isso só ocorreu por causa de um déficit de R$ 14,5 milhões no departamento olímpico em 2012 e pelo fato de que a equipe da modalidade somada à da natação, que também foi encerrada, chegava a R$ 2 milhões por ano.
Hoje, 365 dias depois, Jade e Daniela, que estão disputando os Jogos Sul-Americanos, no chile, fizeram um balanço do ano sem o Flamengo.
Jade, viveu momentos complicados. Além te der de deixar seu clube, ela ficou fora do Mundial de ginástica da Antuérpia, na Bélgica, entre setembro e outubro, por conta de uma lesão no pé com expectativa de recuperação em seis meses e possibilidade de cirurgia. Ela veio para o Chile ainda sem estar 100%, mas conseguiu três medalhas de ouro em Santiago, uma no individual geral, uma por equipes e uma no salto. Ela volta a competir no fim da tarde desta terça-feira.
- Acho que esse ano não foi muito bom para a ginástica. Em um ciclo olímpico no Brasil, merecíamos mais atenção, mas eu acho que para cada um foi diferente. Por exemplo, para mim e para a Dani, que somos do feminino, fomos para Curitiba (defender o Centro de Excelência de Ginástica, Cegin). O masculino foi para São Paulo e teve uma assistência do COB. Eu acho que cada um conseguiu tirar forças de onde podia, mas a gente não tem como dizer que foi um ano bom. Eu tive lesão e estava vindo muito bem, fui competir em uma Copa do Mundo em que cheguei em três finais, ganhei uma medalha e ainda fiquei perto de medalha nas outras duas. Era um ano em que poderíamos ter crescido mais, né? – comentou.
Apesar de tudo, Jade acredita que, por se tratar do início de um ciclo olímpico, tudo estará correndo bem até as Olimpíadas no Rio, em 2016.
- A gente está se encaixando, estamos começando a ter mais investimentos, as meninas estão crescendo muito e eu fico feliz de que estejamos subindo. Acho que nas Olimpíadas vai dar tudo certo e se encaixar. Estamos nos adaptando a um treinamento novo e não é de um dia para o outro que se ensina ginástica para alguém, se aprende algo novo. Uma coisa é você dar treino para as meninas novas que estão aprendendo e outra é dar para meninas que já aprenderam e fazer ajustes. Tem que dar tempo ao tempo. Eu acho que 2016 será o ano da ginástica – opinou.
A companheira Daniele Hypolito viu pontos positivos no ano que passou desde o fim da ginástica profissional rubro-negra. Para ela, agora é torcer para que não haja mais problemas no futuro.
- Apesar do que aconteceu, foi um ano muito bom em 2013. Comecei super bem em 2014, eu acho que sou profissional e essas coisas acontecem com qualquer um. Você pode estar sendo mandado embora depois, em qualquer profissão. É torcer para que o Brasil não tenha problemas, a gente acredita, estamos tendo problemas. No final, tudo dá certo, temos essa fé – afirmou a ginasta.
Fonte: globoesporte.com
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