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Divulgação/FIVB |
O presidente licenciado da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV),
Ary Graça, renunciou ao cargo nesta sexta-feira. O comandante da
Federação Internacional de Vôlei (FIVB) confirmou a saída durante
Assembleia Geral Ordinária da entidade, realizada em João Pessoa (PB).
O
alto escalão da CBV alegou que a decisão do dirigente estava tomada
desde dezembro de 2013, em uma carta, que só foi entregue agora. Apesar
da saída do órgão nacional, o mandatário continuará exercendo seu cargo
na FIVB (Federação Internacional de Voleibol), entidade que comanda
desde 2012.
A saída de Ary Graça do comando do vôlei nacional é, coincidentemente, anunciada após às denúncias feitas pela emissora ESPN,
que revelou a existência de pagamento de comissões em contratos
assinados diretamente com o Banco do Brasil por serviços de
agenciamento, intermediação e assessoria na negociação de contratos de
patrocínio da CBV.
Confira o comunicado da CBV:
Aconteceu
nesta sexta-feira (14.03), em João Pessoa (PB), a Assembleia Geral
Ordinária da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com a presença
de 26 dos 27 presidentes de federações estaduais. Na reunião, foram
definidas mudanças no estatuto, aprovação das contas de 2013 e, ainda,
anunciada a renúncia do presidente licenciado da entidade, Ary Graça,
através de uma carta enviada pelo próprio. Com isso, Walter Pitombo
Larangeiras, o Toroca, assumiu efetivamente como presidente. Toroca
estava no cargo de presidente em exercício, enquanto Ary Graça estava
licenciado.
A carta do agora ex-presidente foi entregue à
CBV em dezembro de 2013 e referendada na assembleia. Durante o evento,
Toroca reforçou seu compromisso com uma gestão transparente frente à
instituição, afirmando que manterá essa postura daqui para frente.
“Quando assumimos, estabelecemos uma linha reta de conduta e não nos
afastaremos em hipótese nenhuma”, afirmou o presidente da CBV.
Ary defende-se em nota oficial:
Durante a sua gestão, a CBV jamais pagou qualquer remuneração a título de intermediação ou comissionamento pelo contrato com o Banco do Brasil. As empresas citadas participaram da negociação pelo lado da CBV e foram responsáveis pela grande elevação de patamar do patrocínio. Os valores que vêm sendo citados são inverídicos, o que pode ser comprovado no sistema contábil da CBV. O valor fica entre 3% e 4% do total do contrato, distribuídos entre todas as empresas envolvidas.
O balanço da CBV de 2012 foi auditado e aprovado pela Ernest & Young e todos os contratos mencionados foram contabilizados de forma transparente neste período.
Está correta a informação de que o contrato entre a CBV e o Banco do Brasil foi negociado diretamente entre as partes. Mas é preciso esclarecer que os valores pagos se referem a dois anos de extensas negociações entre a Confederação e o Banco do Brasil para a renovação do contrato até 2017. Trata-se do maior contrato de sua história, excelente para ambas as partes e que viabiliza a continuação do crescimento e sucesso do voleibol brasileiro.
Como em todos os contratos de vulto, este também requereu uma negociação complexa, com grande prospecção pela CBV no mercado de marketing esportivo brasileiro, contatos com diversos outros patrocinadores e muitas outras negociações conduzidas até que se chegasse ao resultado.
As informações que vêm sendo divulgadas causam dano irreparável à imagem do voleibol brasileiro, que tem reconhecidamente uma gestão vencedora dentro e fora das quadras. Mais ainda, denigrem sobremaneira e atingem diretamente excelentes profissionais, sérios e competentes.
A gestão de Ary Graça, que em sua vida profissional atuou em cargos de lideranças em grandes empresas brasileiras, fez com que ele implementasse na CBV, desde o início, uma agressiva política de bonificação em todos os níveis, dentro e fora das quadras. Apenas como exemplo, os atletas das seleções brasileiras receberam nos últimos anos mais de R$ 118 milhões de direitos de imagem e premiações por seu desempenho dentro as quadras.
Funcionários de todos os níveis da instituição receberam bonificação semestral conforme seu desempenho, chegando a receber 17 (dezessete) salários anuais pelos excelentes trabalhos realizados.
Cabe esclarecer também que Ary Graça, que já se encontrava licenciado, entregou sua carta de renúncia definitiva em 20/12/2013 ao Presidente Walter Pitombo Laranjeiras e que a mesma somente foi ratificada hoje na Assembleia Geral Ordinária da CBV.
Gazeta Esportiva e Assessoria de Imprensa CBV
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