Após ter sua história de vida revelada após o belíssimo desempenho nos Jogos de Londres, conquistando a medalha de bronze, o boxeador Yamaguchi Falcão e outros 29 atletas agora passam a fazer parte de um novo programa de incentivo ao esporte
visando as Olimpíadas e as Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. O
lançamento do Time Nissan foi realizado nesta terça-feira, em uma
cerimônia no Estádio de Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro.
"Minha vida mudou muito de Londres para cá. Mudou 100%. Estou tendo muito
eventos, muitas entrevistas, estou curtindo muito. Hoje, posso dizer
que sou um dos atletas que têm boa condição financeira na seleção" -
comemorou Yamaguchi.
O novo grupo patrocinado pela montadora até 2016 conta com
representantes de 12 esportes olímpicos e 5 paralímpicos, sendo 12
homens e 13 mulheres nascidos em 11 estados brasileiros. Além de
Yamaguchi Falcão, a equipe conta com outros medalhistas olímpicos, como a
boxeadora Adriana Araújo (bronze em Londres), o judoca Felipe Kitadai
(bronze em Londres) e a velejadora Isabel Swan (bronze em Pequim).
"No dia que recebi a ligação com a notícia, foi uma maravilha. Tudo o que
lutei, Deus tem me dado em troca, fora ou dentro do ringue. Esse
patrocínio vai ser de bom tamanho para mim. Uma atleta que nunca teve
nada e passa a ter tudo é muito bom" - disse Adriana Araújo, que
ressaltou, no entanto, que a conquista em Londres ainda não foi o
suficiente para lhe dar uma boa condição financeira.
Todos os atletas vão receber um carro, mas não terão um auxílio
financeiro. O programa prevê também workshops e seminários constantes.
Antes do anúncio oficial da equipe, os integrantes já participaram de
palestras sobre o Espírito Olímpico (com a medalhista olímpica Adriana
Behar), relacionamento com a imprensa e mídias sociais. Outros temas
incluirão gestão de carreira, psicologia do esporte e nutrição.
"Não tem salário. Mas talvez alguns desses atletas, depois da carreira
olímpica, possam ingressar dentro da empresa. Nós vamos oferecer um
carro, que vai facilitar muito o trabalho deles, e serviços de
profissionais para ajudar os atletas, para dar apoio psicológico,
auxílio de como falar em público..." - disse Carlos Ghosn, o CEO da
montadora.
Os atletas evitaram falar sobre o fato de não receberam salários, mas
reconheceram, entretanto, que o apoio seria mais completo se também
recebessem alguma quantia em dinheiro.
"Acho que isso pode abrir portas para muitos outros patrocínios. É lógico
que a gente queria ter um apoio financeiro, mas ter uma marca na camisa
vai ajudar bastante para chamar outras empresas" - disse Yamaguchi.
Fonte: Globoesporte.com
Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com
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