Mark Spitz (USA) tinha três objetivos nos Jogos de Munique. O primeiro era provar a ele era melhor que Don Schollander (USA) e se tornar o primeiro nadador a vencer cinco medalhas de ouro em uma Olimpíada. O segundo era se tornar o primeiro atleta em qualquer modalidade a ganhar seis medalhas de ouro em uma Olimpíada. O ultimo objetivo era ir ainda melhor e alcançar sete medalhas de ouro.
Mas a meta final estava em duvida. Em 1º de setembro, já com cinco medalhas de ouro vencidas, a sexta parecia assegurada, já que a equipe dos EUA dos 4x100m medley era muito forte. Mas Spitz tinha muitas dúvidas em relação aos 100m livres, pois seu maior rival, Jerry Heidenheirch (USA), estava nadando muito bem na época e era considerado uma ameaça, e para piorar, o pai de Mark, Armold, constantemente pressionava o filho dizendo: "Nadar não é tudo, mas vencer é", o que não facilitava muito para ele.
Quando começaram a sair rumores de que Spitz desistiria de nadar os 100m livres, o treinador de Mark, que estava em Munique como técnico da equipe feminina dos EUA de natação, correu para ser o seu pupilo e conseguiu convencê-lo a nadar a prova, dizendo que ele seria chamado de covarde se evitasse um confronto com Heidenreich.
As baterias aconteceram na manhã do dia dois de setembro, e as semifinais sete horas depois. Em ambas as etapas, Spitz foi batido por Heidenreich e pelo campeão mundial Michael Wenden (AUS). Na noite seguinte, na grande final, Spitz surpreendeu Heidenreich ao mudar de tática e sair nadando a toda velocidade logo no começo da prova ao invés de guardar forças para os 50m finais. Faltando pouco menos de 15m para o fim da prova, Spitz começou a perder ritmo, mas conseguiu se recompor e bateu em primeiro lugar, e assim a sexta medalha de ouro foi conquistada, com com direito a novo recorde mundial (51s78).
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