Por Rodrigo Farias (@rodrigofarias27)
Setembro de 1970. Uma série de conflitos entre a OLP -
Organização pela Libertação da Palestina - e o Exército da Jordânia sacudiram
as terras do Oriente Médio. Como consequência, cerca de 10 mil pessoas foram
mortas e os palestinos foram expulsos do território jordão. Logo após isso, um
grupo de homens do Fatah – organização em que Yasser Arafat
apareceu para o mundo – funda o Setembro Negro, movimento que ambicionava
vingar os filhos da Palestina mortos naqueles combates.
Munique, 1972. As maiores Olimpíadas de até então, com 121
países. No dia 5 de setembro, terroristas palestinos invadem o edifício 31 da
Vila Olímpica, prédio em que ficavam atletas uruguaios, de Hong Kong e...
israelenses. A vingança do Setembro Negro estava armada. 11 atletas foram
sequestrados, sendo pedida em troca a libertação de 230 terroristas presos em
Israel, um avião que os levasse até alguma capital árabe à excessão de Amã ou
Beirute e o controle dessa aeronave seria feito pela
Alemanha Ocidental. Ameaçavam matar 2 competidores israelenses por hora caso o
governo desse país não atendessem às solicitações.
A princípio, Israel ofereceu suas tropas de elite – o
Tzahal – para cuidar da situação, oferta recusada pelo Premiê alemão. O que
aconteceu depois foi uma tragédia anunciada: a polícia alemã, despreparada,
planejou matar os terroristas em um aeroporto, o Fürstenfeldbruck.
O resultado? Os oficiais alemães encontraram um número maior de inimigos,
mataram apenas 5 dos terroristas e perderam todos os reféns, mortos após uma
granada explodir no helicóptero em que estavam.
O desastre foi amplamente divulgado pela
imprensa mundial, causando embaraço para o governo alemão, que decidiu então
criar o GSG-9, uma das polícias de elite melhores preparadas no mundo hoje em dia. Os terroristas
sobreviventes foram presos e dois deles foram mortos nos anos seguintes pelo
Mossad, o Serviço Secreto de Israel.
Integrante do Setembro Negro na Vila Olímpica
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