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O Amadorismo e os Jogos Olímpicos

Contrario a crença popular, os atletas gregos antigos não eram amadores.Eles não só tinham apoio durante o seu treinamento, mas mesmo quando o vencedor recebia apenas uma coroa de ramos de oliveira, quando ele voltava para casa era amplamente recompensado e poderia se tornar rico.
O conceito de amadorismo na verdade se desenvolveu na Inglaterra do seculo dezenove como um meio de evitar que as classes trabalhadoras competissem contra a aristocracia. Os mais ricos poderiam tomar parte no esporte sem se preocupar com o meio de ganhar a vida, e assim poder perseguir o ideal do amadorismo. Todos os demais tinham que abrir mão de tempo de treinamento para ter que trabalhar e ganhar a vida, ou conseguir dinheiro por suas performances esportivas e se tornar um profissional, inelegível para competições que nem os Jogos Olímpicos.
O Barão de Coubertin, mesmo sendo membro da aristocracia francesa, era consciente da desigualdades do sistema amador. A sua solução era que pessoas mais abastadas se dispusessem a apoiar atletas das classes mais desfavorecidas.
A descrição de amadorismo variaram de decada para decada e de esporte para esporte. Nos anos 20 esportistas Britânicos acusaram os Norte-Americanos de acharem uma brecha nas regras do amadorismo por serem agraciados com bolsas de estudo universitárias para atletas (mesmo os colégios médicos da Grécia Antiga recrutavam atletas). No fim da decada de 30, professores de educação física e diretores de recreação eram considerados profissionais e, logo, inelegíveis para as Olimpíadas.
Após dos Jogos de 1988, em Seul, o COI votou para declarar que todos os profissionais elegíveis para disputar as Olimpíadas, sujeitando a aprovação da federações internacionais de cada esporte. Todas as federações, exceto duas, se posicionaram contra o fim das restrições contra o profissionalismo do COI. O Boxe continua a proibir profissionais e o Futebol(excetuando o feminino) concordou em permitir que cada país pudesse incluir três atletas acima de 23 anos. Uma decisão acertada do COI em permitir a entrada dos profissionais, já que as Olimpíadas devem ter a participação dos melhores atletas do mundo e a regra do amadorismo era apenas um mero capricho do comitê.

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