Para o francês Tony Estanguet, não participar dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, será uma novidade. Nas últimas quatro edições, o canoísta não só
participou como conquistou três medalhas de ouro na canoagem slalom. A
aposentadoria veio depois de Londres 2012, encerrando uma carreira
fenomenal, que teve também três títulos mundiais individuais na
categoria C1.
A vida de atleta terminou, mas Estanguet segue envolvido com o
esporte. Integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI), ele esteve no
Rio de Janeiro para acompanhar o evento-teste da modalidade e ver de
perto a nova pista do Estádio Olímpico de canoagem slalom, em Deodoro.
“Fiquei muito impressionado quando cheguei. Estive aqui dois anos
atrás e não tinha nada. Em menos de dois anos construíram uma instalação
fantástica. É muito bom para o esporte e o potencial é grande para os
Jogos”, afirmou.
Estanguet também disse ter recebido avaliações positivas dos atletas
com os quais conversou sobre o estádio. “Perguntei o que eles estavam
sentindo em relação à pista e estão gostando. Lembro nas primeiras vezes
que testamos as pistas de Pequim e Londres e não foi o caso.
Normalmente você precisa de tempo para melhorar, mexer nos obstáculos.
Mas aqui acho que está ficando cada vez melhor”, revelou.
O francês destacou também a vista do complexo, que faz parte do
Parque Radical e contou com investimento de R$ 118 milhões do governo
federal, e concordou com a opinião dos atletas quanto à dificuldade
exigida da descida.
“Quando vi a pista pela primeira vez, não achei tão difícil quanto a
de Londres. Mas quando você olha com atenção, percebe que há vários
pontos que podem te tirar do curso facilmente. Tecnicamente e
psicologicamente será diferente, pois os atletas se preparam para dois
ou três trechos de grande dificuldade. Desta vez haverá diversos trechos
difíceis, e não é fácil administrar o fato de se estar em uma posição
complicada o tempo todo”, observou.
Foto: Getty Images
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