Os investimentos em atletas, equipes técnicas e estrutura da canoagem
brasileira começam a dar resultados. A nova geração de canoístas
conseguiu um resultado histórico para o país ao alcançar seis finais e
conquistar uma prata e três bronzes no Campeonato Mundial de Canoagem
Slalom Júnior e Sub 23, realizado no mês passada em Foz do
Iguaçu (PR). O próprio Canal de Itaipu, local das disputas, integra as
ações para desenvolvimento da modalidade. É lá que a seleção permanente,
composta por 24 competidores, treina.
“O resultado é surpreendente, até mesmo para os mais otimistas como
nós. O Brasil nunca chegou a tantas finais. Em 2007, realizamos o
Mundial Sênior aqui em Foz do Iguaçu e não conseguimos nem passar perto
de uma final. Agora, alguns anos depois, a canoagem passou de um patamar
para outro”, afirma Argos Rodrigues, superintendente da Confederação
Brasileira de Canoagem (CBCa).
Ele também atribui o crescimento da modalidade às condições
oferecidas no Canal de Itaipu e projeta o legado que será deixado com as
Olimpíadas. “Com o canal no Rio de Janeiro (na região de Deodoro), o
Brasil terá dois canais artificiais de nível olímpico e isso é muito
bom. A nossa canoagem tem se desenvolvido e está começando a brigar de
igual para igual com outros países. Hoje, as competições internacionais
são em canais artificiais. O movimento da água é totalmente distinto de
um rio. E aqui é considerado pela Federação Internacional uma das dez
melhores pistas do mundo”, afirma Rodrigues.
Para o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser,
estruturas como a de Foz do Iguaçu são fundamentais para que o país
possa receber eventos internacionais. “O Ministério tem insistido com as
confederações sobre a importância destes mundiais, sub 19, 21, 23. São
eventos mais baratos e internacionais, que contam com toda qualidade e
técnica. Estes campeonatos permitem que desde cedo os atletas tenham
esse intercâmbio. E fazer em casa inclui o fator psicológico. O atleta
compete na pista que conhece. Os outros países se beneficiam desse fator
e o Brasil começa a se beneficiar”.
Pela Lei de Incentivo ao Esporte, o BNDES dá suporte aos atletas com a
formação de equipes multidisciplinares (técnicos, fisioterapeutas,
médicos, fisiologistas, nutricionistas) e com a logística necessária aos
treinos e competições. “Nosso apoio à canoagem se dá na parte de
infraestrutura. Ajuda a manter os atletas concentrados, oferece os
equipamentos necessários, nutrição, preparação física, treinadores e
também participação em campings internacionais e na realização de
competições como esse Campeonato Mundial. Somente em 2014 investimos R$
14 milhões”, afirma Gustavo Borges, superintendente da presidência do
banco.
O técnico da equipe permanente do Brasil, Ettore Ivaldi, foi contratado dentro dessa estratégia. Italiano, ele tem experiência em sua terra natal e em outros países europeus como a Espanha e a Irlanda e ressalta a qualidade do projeto brasileiro. “É um orgulho trabalhar com a equipe do Brasil, porque acho um projeto muito interessante, com jovens valores e objetivo de Olimpíadas. Também é importante para a Canoagem Slalom, em geral, que a América Latina pratique este esporte, que tem mais tradição na Europa. Esse esporte necessita de um pouco de globalização”, comenta o treinador, que assumiu o cargo em 2011 e vê um crescimento rápido dos atletas. “Necessitamos de tempo, mas se tudo tiver continuidade, seguramente o Brasil estará competitivo. Aqui alcançamos seis finais e é um resultado importante em pouco tempo”.
O técnico da equipe permanente do Brasil, Ettore Ivaldi, foi contratado dentro dessa estratégia. Italiano, ele tem experiência em sua terra natal e em outros países europeus como a Espanha e a Irlanda e ressalta a qualidade do projeto brasileiro. “É um orgulho trabalhar com a equipe do Brasil, porque acho um projeto muito interessante, com jovens valores e objetivo de Olimpíadas. Também é importante para a Canoagem Slalom, em geral, que a América Latina pratique este esporte, que tem mais tradição na Europa. Esse esporte necessita de um pouco de globalização”, comenta o treinador, que assumiu o cargo em 2011 e vê um crescimento rápido dos atletas. “Necessitamos de tempo, mas se tudo tiver continuidade, seguramente o Brasil estará competitivo. Aqui alcançamos seis finais e é um resultado importante em pouco tempo”.
Foto: Ministério do Esporte
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