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Foto: Reprodução/Instagram |
Laura Micucci e Gabriela Regly fizeram um bom ciclo olímpico, conquistado a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 e chegaram perto da vaga olímpica no nado artístico, assim colocando o país em posições boas na modalidade depois de muito tempo.
As atletas receberam reconhecimento do Flamengo, clube na qual elas treinam, da torcida e no final do ano, era esperado que estivessem como indicadas a melhores do ano na modalidade no Prêmio Brasil Olímpico (PBO), porém, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos) não as indicou e o Surto Olímpico conversou com elas sobre o assunto.
A Confederação respondeu que foi por elas terem saído da seleção. Porém, essa saída ocorreu apenas porque ao contrário das outras modalidades no guarda chuva da CBDA, se elas não forem competir em um dos torneios, elas devem pedir dispensa e a dupla optou em não participar do Campeonato Sul-Americano.
"Por motivos de omissão durante nosso ciclo com a antiga gestão da CBDA, decidimos não competir o campeonato sul-americano, porém no nosso esporte (diferente de outros esportes aquáticos) a confederação exige que a gente peça uma dispensa da seleção. Porém já estamos de volta a seleção para as próximas competições"
Elas já retornaram a seleção, estando inscritas inclusive já para o ano que vem, quando devem novamente competir no Mundial de Esportes Aquáticos. Neste ano, em fevereiro, que também serviu de classificatória para os Jogos Olímpicos, elas ficaram na 17ª colocação no dueto livre. Porém, isso não contou para a confederação. Após a não indicação, elas conversaram com a coordenadora da modalidade e ouviram que o motivo era a dispensa do Sul--Americano.
"Nossa primeira atitude diante do ocorrido certamente foi conversar com a Coordenadora de nado artístico que fez a indicação, e tentar entender quais critérios foram usados, e porque nem sequer fomos indicadas… mas assim como todos que nos apoiaram nas redes sociais, até agora não conseguimos entender a não indicação. Sair da Seleção para não participar de um Campeonato não anula nosso desempenho pela Seleção em 2024. E foi esse o motivo que ela deu para não ter nos indicado, a nossa não participação no campeonato sul-americano em Setembro de 2024, porém em Fevereiro competimos a competição mais importante do ciclo que foi a classificatória olímpica/ mundial em Doha".
Neste ano, houveram eleições na CBDA e Laura e Gabriela veem nisso uma oportunidade da gestão ser mais transparente e até valorizar mais a modalidade, quem sabe colocando ela de volta aos Jogos Olímpicos.
"Sim, esperamos e acreditamos que isso (valorização da modalidade) aconteça tanto no nosso esporte quanto em todos os esportes aquáticos! No nado estamos com uma nova direção e buscamos uma relação mais transparente, justa e que brigue pro esporte crescer dentro e fora do Brasil, e principalmente consiga colocar o nado Brasileiro de volta nos Jogos Olímpicos".
Os Jogos são a meta da dupla. Elas já falam do objetivo de estar em Los Angeles 2028, mas além da vaga, lutarem durante o ciclo por mais investimento na modalidade, que pegou final no Mundial deste ano com Bernardo Actos.
"Nosso objetivo é estar em LA2028, então esperamos conquistar novamente essa vaga do dueto e ter mais investimento durante o ciclo, para alcançarmos lugares mais importantes e expressivos até os Jogos de 2028".
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