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Ineficiente nos contra-ataques, Brasil perde para os Estados Unidos e está eliminado de Paris 2024

 

Seleção brasileira joga mal e perde para os Estados Unidos. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A seleção brasileira de vôlei masculino perde para os Estados Unidos por 3 a 1 (24-26, 30-28, 19-25, 19-25) e está eliminada dos Jogos Olímpicos de Paris. A partida fecha a série de jogos de quartas de final realizados na Arena Paris Sul nesta segunda (5). 

O Brasil trabalhou bem com o passe na mão dos levantadores, mas pecou nos contra-ataques. Os norte-americanos, que também tinham um sistema defensivo eficiente, correspondiam também nos ataques. O maior pontuador foi o oposto Anderson, com 20 pontos. A semifinal será contra a Polônia na próxima quarta (7).

[No] primeiro set, a gente conseguiu abrir uma vantagem boa, estava jogando bem e forçando o erro dos Estados Unidos. Eles não estavam  sacando tão bem. Em uma quarta de final de Olimpíada, jogando contra um time desse, você tem que matar na hora que chegar ali dentro de quadra. A gente acabou alimentando isso, conseguiu buscar bem um segundo set que tava praticamente perdido. O nosso saque acabou não entrando muito bem, o que facilitou a distribuição do Christenson", disse o central Lucão após a derrota.

O Brasil termina a participação olímpica com três derrotas (Itália, Polônia e Estados Unidos) e apenas uma vitória (Egito). É a pior campanha do vôlei masculino desde Sidney 2000, quando caiu nas quartas de final para a Argentina.

Mesmo com sistema defensivo trabalhando bem, Brasil não correspondeu no ataque. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Brasil e Estados Unidos já decidiram duas edições de Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e Los Angeles 1984 – ambas vencidas pelos americanos. Mais recentemente, eles também jogaram na Liga das Nações, com vitória dos rivais no tie-break. Na fase de grupos de Paris, os Estados Unidos terminaram com a segunda melhor campanha – Brasil fez apenas a sétima campanha.

O JOGO

Bernardinho entrou em quadra com o mesmo time titular das outras partidas, com Bruninho, Darlan, Lucarelli, Leal, Flávio, Lucão e Thales como líbero. A instabilidade na recepção e no ataque fez Alan e Adriano entrarem no 2º set e permanecerem até o final. Cachopa também foi acionado no 3º set para minimizar os erros.

Defesa brasileira incomodou, mas não foi suficiente para impedir derrota. Foto: Volleyball World

No primeiro set, os dois times apresentaram um ritmo de jogo muito alto, com rallys duradouros que incendiavam a torcida. O time de Bernardinho chegou a abrir cinco pontos no placar (13-8), muito por conta do sistema defensivo efetivo, mas via o time dos Estados Unidos colarem no placar a todo momento. A principal complicação era no contra-ataque, que a seleção brasileira não conseguia reverter em pontos. Darlan, por exemplo, terminou a parcial com -13,33% de eficiência. No ponto final, Flávio foi explorado no bloqueio e, após desafio, confirmou o set para os Estados 

A segunda parcial começou com uma seleção americana avassaladora. Para frear este ímpeto, Alan entrou no lugar do irmão para tentar ser a referência no ataque. Com uma desvantagem de quatro pontos, Bernardinho também optou pela entrada de Adriano para melhorar a linha de passe. A sintonia do time estava se perdendo, com os comandados por John Speraw abrindo 14-8. Parecia que era só administrar, mas o Brasil não se rendeu. Ponto a ponto, um contra-ataque de cada vez, e o placar chegou ao empate em 24-24. Lucarelli, com 7 pontos na parcial, decretou a virada espetacular no set.

Com a energia renovada para o terceiro set, um novo equilíbrio foi visto no início do terceiro set. Durou pouco. O levantador Christenson conseguiu colocar todos os atacantes dos Estados Unidos pra jogar e, do lado brasileiro, muitos erros de contra-ataque. Com uma nova vantagem de seis pontos no meio do set (15-9), desta vez a administração do placar aconteceu do lado norte-americano. Destaque também para a quantidade de erros do Brasil, oito na parcial.

No quarto set, o saque do Brasil não agrediu e o levantador norte-americano trabalhou com o passe na mão, facilitando a distribuição. Mesmo com a parcial equilibrada até o 18º ponto, os Estados Unidos foram melhores na reta final e garantiram a vaga.


Polônia entra no caminho dos Estados Unidos

Pela manhã, a seleção polonesa venceu por 3 sets a 1 a Eslovênia (25-20, 24-26, 25-19 e 25-20). Foi o único duelo que um pior ranqueado venceu quem terminou na parte de cima da fase classificatória. A Polônia contou com um saque efetivo (12 a 5) e com muitos pontos cedidos pelos eslovenos.

A dependência de Leon é evidente. O ponteiro terminou o jogo com 20 pontos, cinco deles no saque – que aparecia em momentos decisivos, como no final do quarto set, encaminhando a vitória. A Eslovênia também seu ponto de referência, mas hoje Stern foi neutralizado e terminou com meros nove pontos.

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