O Atleta paralímpico da classe F11 (atletas com deficiência visual) Alessandro Rodrigo está suspenso preventivamente por uso de maconha. Em lista divulgada na última quarta (18) pela Autoridade Brasileira de Controle de Doping (ABCD), o nome do bicampeão paralímpico aparece na lista de suspenões provisórias da entidade.
O exame antidpoing onde Alessandro foi pego foi 17 de março de 2024, na primeira etapa do nacional de atletismo paralímpico em São Paulo. No exame, foi detectada a substância Carboxi-THC, o principal metabólito secundário do THC (o componente ativo da maconha) formado no corpo humano
Alessandro, de 37 anos, virou deficiente visual total por conta de uma toxoplasmose. Conheceu o esporte paralímpico por meio de um ex-professor que o apresentou à prova de arremesso de peso. Alessandro é bicampeão paralímpico do lançamento de disco (Rio-2016 e Tóquio-2020) e prata no arremesso de peso (Tóquio-2020) e ia em busca do tri em Paris.
A maconha, que sempre foi questionada por ser considerada doping por não trazer nenhum ganho físico para o atleta que a consome, foi proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) desde que a organização criou sua lista de substâncias proibidas em 2004. Segundo a Wada, a justificativa é que a maconha "ajuda o atleta a ter um melhor desempenho sob pressão, aliviando o estresse sentido antes e durante a competição", dando uma vantagem ilícita ao atleta que consome a erva.
Às vésperas da olimpíada de Tóquio, a velocista estadunidense Sha'cari Richardson foi pega em um exame antidoping com a substância da maconha em sua amostra e foi proibida de ir aos Jogos olímpicos.
Até o momento, nem CPB nem o próprio Alessandro Rodrigo se pronunciaram oficialmente sobre o doping e este post será atualizado com a versão deles.
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