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Dez nadadores brasileiros atingem índice paralímpico no open internacional de natação

Alessandra Cabral/CPB


Dez nadadores bateram o índice estabelecido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para qualificação aos Jogos Paralímpicos de Paris na manhã desta sexta-feira (3) nas eliminatórias do segundo dia do Open Internacional de Natação. O grupo é formado por cinco medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020: o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10, comprometimento físico-motor), a fluminense Mariana Gesteira (S9, comprometimento físico-motor), o brasiliense Wendell Belarmino (S11, deficiência visual), a paranaense Beatriz Carneiro (S14, deficiência intelectual) e a mineira Patrícia Pereira dos Santos (S4, comprometimento físico-motor). Todos eles se somam a outros 13 atletas que obtiveram o resultado nesta quinta-feira (2)

O Brasil tem 37 vagas para os Jogos na modalidade, sendo 21 masculinas e 16 femininas. A definição dos representantes brasileiros terá como base os critérios de entrada estipulados pelo CPB. Os nadadores que irão representar o Brasil na França serão anunciados somente em convocação oficial, que deve acontecer entre junho e julho.

Na prova dos 50m livre da classe S10 (comprometimento físico-motor), a mesma em que foi bronze nos Jogos de Tóquio 2020, o pernambucano Phelipe Rodrigues marcou 23s96, batendo o índice para Paris, que é de 25s06. O resultado coloca o nadador de 33 anos perto de sua quinta participação de uma edição dos Jogos Paralímpicos.

“Bater o índice sempre é bom. Fico feliz de representar o Brasil na maior competição do mundo. Meu resultado foi bom, mas sei que preciso melhorar um pouco mais para disputar uma medalha. Estar em direção da minha quinta participação nos Jogos, seguir na elite da natação mundial por todos esses ciclos, é muito expressivo. Por incrível que pareça, a pressão só aumenta. Existe a experiência, mas também a cobrança, inclusive a minha mesma, pela minha história”, afirmou o atleta, que nasceu com má formação congênita no pé.


Medalhista de ouro em Tóquio, Wendell Belarmino comemorou ter ultrapassado o índice após ter ficado de fora do Mundial de Manchester, na Inglaterra, em 2023, enquanto enfrentava desafios provocados por uma série de lesões. O nadador completou a prova dos 50m livre desta sexta-feira em 26s49, enquanto o índice a ser atingido era de 26s67.

A fluminense Mariana Gesteira, bronze na prova dos 100m livre na última edição dos Jogos, conquistou o índice ao nadar os 50m livre em 28s25, tempo mais rápido do que os 28s37 necessários para qualificação a Paris. Mais tarde, nas finais do dia, a atleta ainda conseguiu uma marca mais forte, de 27s77, melhor tempo de sua classe e também da S10 em 2024. Além dela, a paranaense Beatriz Carneiro, bronze nos 100m peito em Tóquio, obteve a marca de 1min16s92 na mesma prova, abaixo dos 1min17s96 necessários.

Já a mineira Patrícia Pereira da Silva (S4, comprometimento físico-motor), completou a prova dos 50m livre em 40s65, abaixo dos 42s95 definidos pelo CPB. A atleta foi medalhista de bronze em Tóquio, no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos.

Além dos medalhistas paralímpicos, o paranaense Alan Kleber Basílio, 39, também bateu o índice na prova dos 50m da classe S4 (comprometimento físico-motor) e pode obter sua primeira convocação para Jogos Paralímpicos.

Outros três atletas atingiram o índice na manhã desta sexta-feira: a mineira Laila Suzigan (S6, comprometimento físico-motor), a paranaense Débora Carneiro (S14, deficiência intelectual), o gaúcho Roberto  Alcalde Rodriguez  (S6, comprometimento físico-motor) e o mineiro João Pedro Brutus (S14). Além deles, a nadadora Jenifer Rocha, da classe SB7 (comprometimento físico-motor), nadou com tempo abaixo do índice na prova dos 100m peito, porém a atleta não cumpre todos os demais critérios de qualificação do CPB para ficar elegível à convocação.

A manhã de sexta-feira ainda teve dois recordes das Américas batidos no CT Paralímpico. Um deles foi obtido pela carioca Lídia Cruz, que marcou 38s99 na prova dos 50m livre para a classe S4 (comprometimento físico-motor). A marca anterior era da mexicana Miranda Herrera, que nadou a prova em 39s52 em julho de 2016 no Canadá. Lídia já havia batido o índice estabelecido pelo CPB na abertura do Open, nessa quinta-feira.

Outra marca continental foi quebrada pela paulista Esthefany Rodrigues na prova dos 200m medley da classe S5 (comprometimento físico-motor). A nadadora marcou o tempo de 3min43s87. O recorde anterior era da gaúcha Susana Schnarndorf, que completou a distância em 3min44s51 em junho de 2016 na Alemanha. A marca, porém, não foi suficiente para que ela quebrasse o índice para os Jogos de Paris.

Além do Open, a disputa pelas vagas em Paris 2024 terá ainda mais uma etapa. Os atletas ainda poderão buscar o Índice A definido pelo CPB para qualificação aos Jogos na Primeira Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa de natação, que acontecerá de 16 a 18 de maio, também no CT.

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