 |
| Foto:Sean Evans/ISA Games |
Neste sábado (02), pelo penúltimo dia de competição, o ISA Games foi presenteado com um show de Gabriel Medina e Yago Dora, ambos competindo pela vaga olímpica extra do Brasil em caso de vitória em equipe. O sétimo dia de competição contou com sete baterias entre masculino e feminino, repescagem e competição principal.
Masculino:
O primeiro brasileiro a entrar na água foi Filipe Toledo. Pela rodada oito da repescagem, o brasileiro enfrentou o canadense Cody Young, o espanhol Andy Criere e o indonésio Rio Waida, participante do CT WSL. Apesar de não ser a disputa mais fácil, Filipe Toledo surpreendeu ao ficar em último e ser eliminado da competição. Filipe teve dificuldades para encontrar boas ondas durante toda a bateria, ao final somou apenas 7.36 (4.43+2.93) e deixou a competição.
Yago Dora, que segue pela repescagem, disputou três baterias no dia. Yago mostrou que ainda briga pela vaga em Paris e distribuiu um show de surfe em todas as vezes que foi à água. Yago foi campeão em todas as baterias que disputou e pela rodada nove e dez da repescagem conquistou as maiores somas de toda a competição até então, sendo elas 17.24 (9.07+8.17) e 18.46 (9.33+9.13) respectivamente.
Gabriel Medina é o último surfista brasileiro restante correndo pela competição principal. Em uma bateria tripla, Medina enfrentou os franceses Joan Duru e Marco Mignot. A França é a principal adversária do Brasil pelo resultado em equipe, tornando a disputa em uma bateria decisiva. Medina não sentiu a pressão e mostrou a força da Brazilian Storm. O brasileiro tricampeão mundial conquistou a terceira maior nota da competição e terceiro maior somatório, com 17.06 (9.23+7.83). Medina foi campeão da bateria. João Duru (13.46) foi o segundo colocado, e Marco Mignot caiu para a repescagem, sendo posteriormente eliminado em uma bateria contra Yago Dora.
Feminino:
No feminino, Taina Hinckel e Tatiana Weston-Webb, que faziam campanha invicta, se enfrentaram pela competição principal. Apesar da tensão brasileira, a disputa acabou ficando entre a francesa Johanne Defay e a australiana Sally Fitzgibbons, que conquistaram respectivamente o primeiro e segundo lugar da bateria. Tati e Taina não conseguiram encontrar as melhores ondas durante a bateria e acabaram caindo para a repescagem. Tatiana somou 11.10 (5.83+5.27) e acabou na terceira colocação. Taina somou 7.20 (4.00+3.20) e foi a quarta colocada.
Taina foi a primeira a disputar a repescagem, enfrentando a israelense Anat Lelior. A brasileira fez uma disputa acirrada até os últimos minutos, porém, somando 10.27 (5.17+5.10), foi superada pela israelense (11.20) e conquistou apenas o segundo lugar. Apesar de não vencer, Taina ainda conquistou a classificação para a próxima rodada. A americana Caroline Marks (3º lugar, 9.07) e a portuguesa Teresa Bonvolot (4º lugar, 8.13) foram eliminadas.
Fechando as disputas do penúltimo dia, Tati também entrou na água pela repescagem. Semelhante à bateria de Taina, Tatiana fez uma bateria acirrada durante todo o período. Porém, apesar da diferença por décimos, a brasileira classificou apenas em segundo. Tatiana Weston-Webb somou 12.67 (7.00+5.67), nota que não foi o suficiente para superar a americana Carissa Moore 12.97 (7.67+5.30). A portuguesa Yolanda Sequeira (3º lugar, 12.63) e a alemã Camilla Kemp (3º lugar, 7.43) foram eliminadas.
Brasil no dia final:
No masculino, o Brasil chega ao último dia como claro favorito. As equipes francesa e brasileira estão a poucos pontos na disputa em equipe, a qual garante uma vaga extra em Paris 2024. Ambas as equipes ainda possuem dois surfistas restantes, sendo eles Gabriel Medina e Yago Dora para o Brasil e Joan Duru e Kauli Vaast para a França. As condições de disputa são semelhantes para os franceses e Medina. Para chegar à final, precisam se classificar em uma complicada bateria com apenas duas vagas, onde também disputarão contra o peruano Alonso Correa. Para Yago Dora, o caminho é um pouco mais longo. Dora precisará passar pela mesma bateria que eliminou Filipe Toledo e ainda com a adição do marroquino Ramzi Boukihiam, que também disputa o CT da WSL. Após isso, Dora ainda enfrentará uma última bateria antes da final.
O que tende ao lado do Brasil é que Dora e Medina são os melhores surfistas da competição, com Medina sendo o único campeão invicto de todas as baterias até então, e ambos figurando repetidas vezes nas maiores somas e notas da competição, com Yago liderando ambas as estatísticas.
No feminino, as meninas enfrentarão um caminho semelhante ao de Yago Dora, tendo ainda de disputar duas baterias antes da grande final. Ambas são favoritas em meio à repescagem, tornando o grande obstáculo o sistema de classificação. Para avançarem, se enfrentarão duas vezes seguidas, precisando ocupar obrigatoriamente a primeira e segunda posição de todas as baterias para ir à final, onde também se encontrarão.
Caso o Brasil vença como equipe, a vaga extra para Paris será dada a Yago ou Medina, a depender da melhor campanha, podendo ser decidido na final. No feminino, Tatiana e Taina Hinckel já estão garantidas em Paris 2024.
O ISA Games 2024 retorna neste domingo (03) às 7h, para o dia final, com as últimas rodadas para classificação e finais no masculino e feminino.
0 Comentários