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Histórico! Brasileira Aline de Souza é 1ª atleta a representar Equipe de Refugiados da IWF

 Aline de Souza levantando os pesos durante Mundial, Em Riad. - Foto de Giorgio Scala/Deepbluemedia

 

Pela primeira vez na história de uma competição de levantamento de pesos, a sigla WRT (Equipe de Refugiados de Halterofilismo) apareceu na frente do nome de um atleta. Aconteceu hoje (06), durante o terceiro dia do Campeonato Mundial da IWF, que está sendo realizado em Riad, capital da Arábia Saudita. O fato se deve à estreia da brasileira Aline de Souza representando a equipe de refugiados.

 

Na sessão B da prova dos 55kg feminino, Aline foi a primeira pesista a representar uma Equipe de Refugiados de Halterofilismo. Após a decisão da IWF (Federação Internacional de Levantamento de Pesos) de lançar tal equipe em março, sete atletas passaram a fazer parte desse grupo e a brasileira foi a primeira a competir com esse status.

 

Aline de Souza chegou a competir pelo Brasil em 2015, quando se tornou campeã mundial sub-17 no arranco (snatch) da categoria até 48kg. No fim daquele ano ela foi pega no doping e foi suspensa por quatro anos pela IWF. Quando a punição encerrou, Aline residia e treinava nos EUA. Não são públicos os critérios que explicam por que a atleta tem status de refugiada.

 

Na competição de hoje, a representante da Equipe de Refugiados conseguiu um snatch de 82kg, seguido de um arremesso (clean and jerk) de 100kg, totalizando 182kg, próximo ao seu recorde pessoal de 85-100=185. Atualmente morando em Miami, Aline participou de um campo de treinamento da Equipe de Refugiados em junho, na Suécia, e seguiu se preparando antes da disputa da IWF em Riad. 

 

Depois de mais de sete anos sem competir, confessou ter encarado este desafio como se fosse a primeira prova da carreira e eu suas palavras “representou muito bem a Equipe de Refugiados”.

 

“Meu sonho olímpico está cada vez mais próximo… Foi um caminho muito longo… Mas com fé e esperança chegamos até aqui. E posso te dizer: cada vez que levanto nos treinos, me sinto mais forte, quero mais cargas, mais pesadas. Sinto-me abençoado por ter esta oportunidade – e isso me deixa mais determinado do que nunca”, concluiu Aline de Souza, que buscará uma vaga em Paris 2024.


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