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Foto: Alessandra Cabral |
O bicampeão paralímpico Claudiney Batista bateu o recorde das Américas no lançamento de disco na classe F56 (cadeirantes) no sábado, 1º de abril, último dia do Open Internacional de atletismo. O atleta mineiro lançou para 46,99m na competição, disputada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo
A marca deste sábado é superior aos 46,68m, alcançados pelo próprio Claudiney em junho de 2018, também na capital paulista. "Estou bem confiante que posso melhorar. Ainda estamos no começo do ano e entrarei em um ritmo melhor de competição ao decorrer da temporada", disse o lançador, que, por ter sido medalhista de ouro nessa mesma prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, já está garantido no Mundial de atletismo de Paris, que será disputado entre os dias 8 e 17 de julho de 2023.
De acordo com os dados disponíveis atualmente no site do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), a distância atingida por Claudiney, no Open, também seria recorde mundial, já que, segundo a entidade, a melhor marca vigente é a de 46,68m feita pelo próprio mineiro há cinco anos. No entanto, o ranking de 2022 do mesmo IPC mostra que, em agosto do ano passado, o indiano Yogesh Kathuniya lançou para 48,34m, em Bangalore, na Índia. Essa marca, então, seria a melhor do mundo, mesmo que a seção de recordes mundiais do IPC esteja desatualizada.
"Estou muito feliz com a minha participação no evento. Fechei com mais uma medalha de ouro, agora, no lançamento de dardo. Estou ansiosa pelas próximas competições", disse Beth, que disputou as provas de lançamento de disco e dardo, na sexta-feira e no sábado, respectivamente.
Uma das novas marcas continentais estabelecidas durante a competição foi a do catarinense Edenílson Floriani, da classe F42 (deficiências nos membros inferiores), que, no lançamento de peso, neste sábado, atingiu a distância de 14,19m. Ele superou os seus próprios 14,13m, obtidos em março de 2022, no CT Paralímpico. “Estou vindo de lesão e fiz uma cirurgia no ombro em dezembro. Voltar na primeira competição, atingindo o recorde das Américas, é muito gratificante. Vejo que tudo o que passei deu resultado”, celebrou.
Além de Claudiney e Ednilson, outros cinco atletas quebraram recordes continentais em suas provas: Aser Ramos, salto em distância (F36); Cícero Nobre, lançamento de dardo (F57); Matheus de Lima, 100m (T44), Zileide da Silva, salto em distância (T20); e Wanna Brito, que registrou duas novas marcas na classe F32: lançamento de club e arremesso de peso. A competição ainda foi marcada pela participação do velocista paraibano Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico nos 100 m da classe T47, que estabeleceu o melhor tempo da prova em 2023 durante o Open: 10s55.
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