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Austrália apoia posicionamento do COI por retorno de Rússia em Paris 2024

Atletas russos entrando no desfile de delegações sob bandeira neutraFoto: Phil Noble/Reuters

 

A Ministra dos Esportes da Austrália, Anika Wells, estava entre os representantes de 35 países presentes em uma cúpula virtual que se reuniu para discutir a questão do banimento de atletas da Rússia e de Belarus dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e se posicionou favorável a posição do COI.

 

Wells se posicionou publicamente apoiando os planos do Comitê Olímpico Internacional (COI) de "explorar um caminho" para atletas russos e belarrussos competirem sob "condições estritas" de neutralidade. "O respeito pelos direitos humanos e as relações pacíficas entre as nações formam a base do esporte internacional", disse ela.

 

A Austrália foi o primeiro país a receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos sob o novo processo de licitação do COI, com Brisbane definida para sediar a edição de 2032, embora tenha havido disputas de financiamento entre os governos federal e estadual desde que Anthony Albanese sucedeu Scott Morrison como primeiro-ministro australiano ano passado.

 

A Austrália também esteve entre os 37 países que apoiaram a proibição de atletas russos e de Belarus participarem de competições internacionais em março do ano passado, seguindo a recomendação do COI sobre sua não participação em resposta à guerra na Ucrânia.

 

No entanto, o representante da lituano Jurgita Šiugždinienė sugeriu que "todos os países devem ser unânimes" em se opor à presença destes atletas em Paris. Já os Estados Unidos foram representados pelo secretário adjunto de Estado para Assuntos Educacionais e Culturais, Lee Satterfield, mas disseram que querem ver mais detalhes do COI sobre sua proposta.

 

"O secretário adjunto destacou que os Estados Unidos continuarão a se juntar a uma vasta comunidade de nações em nosso apoio inabalável ao povo da Ucrânia e responsabilizarão a Federação Russa por sua guerra brutal e bárbara contra a Ucrânia, bem como o regime cúmplice de Lukashenka em Belarus", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

 

O COI se moveu para readmitir os atletas de Rússia e Belarus no esporte internacional nas últimas semanas, embora isso tenha provocado uma resposta furiosa na Ucrânia e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, expressou sua oposição à presença destes atletas nas Olimpíadas do ano que vem.

O governo francês e o Comitê Paris 2024 insistem que a decisão final cabe ao COI. Uma declaração coletiva é esperada nos "próximos dias" da cúpula de ontem.

 

Apesar das sugestões de Šiugždinienė e do ministro do Esporte da Polônia, Kamil Bortniczuk, de apoio à proibição, os participantes pareceram descartar um boicote coletivo. A Ucrânia e a Letônia são duas nações que disseram que considerariam evitar Paris 2024 se a Rússia e Belarus comparecerem.

 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, discursou na cúpula, insistindo que a Rússia "não deveria ter lugar em esportes e competições olímpicas" e acusando o COI de ter "perdido" sua "honestidade". O COI expressou sua "solidariedade com a Ucrânia", mas alertou que um boicote a Paris 2024 seria uma violação da Carta Olímpica.


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