Depois de festejar o esporte e a união dos países do continente por duas semanas, os Jogos Sul-americanos se despediram de Assunção com uma celebração do povo paraguaio, sua alegria e sua cultura.
A música que empurrou atletas e torcedores nas arenas durante toda a competição também embalou uma bela festa na noite deste sábado, dia 15.
A cerimônia de encerramento aconteceu na Praça das Bandeiras do COP (Comitê Olímpico Paraguaio), área que concentrou o maior número de instalações esportivas durante os Jogos, que reuniram delegações de 15 países.
Após uma contagem regressiva, o balé municipal apresentou o número “Despertar Campesino”. Após a apresentação das autoridades presentes, foi executado o hino nacional do Paraguai.
Em um telão, um vídeo com imagens da preparação e do show no estádio Defensores del Chaco relembrou a cerimônia de abertura.
A delegação brasileira desfilou com Bárbara Seixas, medalhista olímpica e campeã do vôlei de praia em Assunção, e Caio Bonfim, que conquistou um ouro e um bronze na marcha atlética, como porta-bandeiras. Dessa vez, os porta-bandeiras subiram ao palco enquanto as delegações passavam à frente do público.
"É um sentimento novo estar ali e, além de levar seu país, representar todos que vieram participar. E a cerimônia é um evento diferente. Quando a gente vai para as competições, é treinar, comer e dormir. E é legal vir aqui e extravasar um pouco o sentimento vendo um show, os agradecimentos, a reunião dos voluntários que fazem acontecer esse evento, e a gente que é uma missão do Time Brasil com tantos participantes. É um momento único e vou guardar na minha memória todos os sentimentos desse evento", disse Caio.
O Brasil levou ao Paraguai 459 atletas (237 homens e 222 mulheres) que competiram em 44 modalidades e conquistaram 319 medalhas.
Um novo vídeo foi exibido no telão, com imagens das competições que ocuparam as arenas paraguaias desde 1º de outubro, seguido por uma apresentação do grupo musical Purahei Soul, acompanhado por bailarinos.
Depois de um agradecimento especial aos voluntários que trabalharam durante a competição, as bandeiras da Odesur e do COI foram retiradas dos mastros. O pavilhão sul-americano foi passado a duas crianças que representavam as futuras gerações de atletas.
Em seu pronunciamento, o Ministro do Esporte do Paraguai, Diego Galeano Harrison, agradeceu a todos que trabalharam pela realização dos Jogos, aos voluntários e aos atletas.
“Fizeram com que um país inteiro falasse de esporte por 15 dias. E agora somos potenciais sedes para mais eventos internacionais”, afirmou o ministro, que continuou enaltecendo os paraguaios e a grande festa que fizeram enchendo as arenas e torcendo.
Para agradecer ao povo paraguaio simbolicamente, Harrison entregou uma medalha de ouro à mascote Tiríka, que fez muito sucesso durante o evento.
Na sequência, o presidente da Odesur, Camilo Pérez Lopez Moreira, também agradeceu a todos que confiaram no Paraguai, aos voluntários, aos organizadores, ao público e aos atletas.
“Tivemos um final feliz. Paraguai foi recorde em atletas, modalidades esportivas e medalhas. A festa foi completa”, afirmou o dirigente, que revelou que o país tentará sediar os Jogos Pan-americanos júnior. Ele também presenteou dois voluntários e um torcedor paraguaio com medalhas de ouro simbolizando todos que participaram do evento.
A pira da 12ª edição dos Jogos Sul-americanos foi, então, apagada, e uma grande festa começou na praça das Bandeiras.
Bailarinos dançaram ao som de Alto Sueño, hino dos Jogos, enquanto o público na praça assistia a um show pirotécnico.
A DJ paraguaia Cami Flecha fez a introdução do show para os Kchiporros, banda paraguaia de maior sucesso internacional, que animou atletas e público presentes com sua mistura de cumbia, pop e ska. O DJ Faro encerrou a noite.
Em quatro anos, a festa continental recomeça em Santa Fé, na Argentina, que será a sede da próxima edição da competição continental e aproveitará o legado dos Jogos Sul-americanos da Juventude Rosário 2022.
Foto: Miriam Jeske/COB
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