Últimas Notícias

Na etapa de Fortaleza do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, cearense Hegê quer festa caseira para celebrar a boa fase


Março de 2021, e Hegê chegava à sua primeira semifinal do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Um ano e meio depois, e a cearense de 26 anos acumulou muita história para contar: uma medalha de prata no Circuito Mundial, três bronzes no Top 8 e um ouro no Aberto da temporada nacional de 2022, e a participação no Campeonato Mundial de Roma. E ela vai em busca de mais. Nesta semana, ao lado de Taiana, Hegê disputa, em sua terra natal, a oitava etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, que volta a Fortaleza após três anos. A competição começa nesta quarta-feira (17.08), às 8h, na arena montada na Praia de Iracema, com o torneio qualifying do Aberto – Taiana e Hegê estreiam na sexta (19.08), na fase de grupos do Top 8.

“É uma loucura. Em pouco mais de um ano passei coisas que pareciam inacreditáveis em 2020! Mas as coisas foram acontecendo, e aproveitei as oportunidades”, disse Hegê, que considera o complicado ano de 2020, com a pandemia da Covid-19, determinante para sua evolução. “Todo mundo estava com medo de endoidar! A gente tinha que achar uma maneira de se motivar, de manter a forma, sem saber quando tudo ia acabar. Tudo isso me fez crescer bastante, principalmente a nível pessoal, e isso levou para o lado profissional também”.

Apesar da evolução, o nervosismo antes do primeiro Campeonato Mundial foi inevitável, mas serviu para abrir novos horizontes. “Nas duas etapas Elite do Circuito Mundial antes do Campeonato Mundial, eu coloquei em mim mesma uma pressão muito grande. Foram duas etapas muito difíceis, principalmente psicologicamente. Eu estava indo para o meu primeiro Campeonato Mundial. Em Roma, disputei um torneio incrível, ao lado de pessoas que são referência. Nas oitavas de final contra o Canadá, que a gente fez um jogaço. Poderíamos ter ganhado, mas os detalhes fizeram a diferença. Esse jogo foi crucial para mim. Depois que acabou, caiu a ficha de que eu merecia estar ali, estar entre as melhores duplas do mundo, entre as quatro melhores do Brasil. Ninguém colocou a gente ali, foi por esforço e resultado nosso”, destacou.

Hegê começou a jogar vôlei de praia depois de terminar o Ensino Médio, mas estreou com o pé direito. Logo em seu primeiro torneio, uma etapa do Brasileiro sub-21 disputada em Fortaleza, em 2013, foi campeã ao lado de Rebecca. “Como a Rebecca já era muito experiente, ela me ajudou muito. Tivemos uma derrota na fase de grupos, mas conseguimos ganhar o torneio. Eu sabia que para continuar, teria que treinar muito, porque é totalmente diferente do vôlei de quadra. Você tem que dominar todos os fundamentos. Eu pelejei. Só pensava ‘se eu não treinar, não vou conseguir’”, contou.

Palco da etapa desta semana, Fortaleza foi também onde ela passou do qualifying de um torneio adulto pela primeira vez, em uma etapa do Nacional de 2016, jogando com Verena. Em mais um torneio em casa, ela espera arquibancadas cheias, mas garante que não se deixará levar pela emoção.

“Meu pai sempre acompanha meus jogos. Assim que acabam, ele já manda uma mensagem. Minha mãe é mais nervosa, às vezes não acompanha, mas já disse que esse ela vai assistir. Vai ter uma galera boa lá, primos, amigos... É positivo estar do lado das pessoas que amam a gente, ter o calor da torcida, e a presença em peso da nossa comissão técnica. Mas também tem a pressão para mostrar resultado em casa. Estou muito focada para não deixar isso ser um peso, fazer o que a gente vem fazendo jogo após jogo. E só aproveitar os momentos bons, claro”.

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

0 Comentários

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar