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"Sou prova viva que um LGBT pode jogar esporte de alto nível", diz Douglas Souza sobre representatividade

Convocado para a seleção brasileira de vôlei, Douglas Souza, é uma das principais peças da equipe comandada por Renan Dal Zotto para o torneio olímpico que se inicia na semana que vem. Além disso, o campeão olímpico é um representante do ainda tímido grupo de atletas que são abertamente LGTBQIA+. Por isso, o ponteiro se destaca não só pela sua habilidade em quadra, mas por ser ícone para milhares de garotos que nunca se viram representados no esporte de alto nível.


Ainda são poucos os atletas assumidamente LGBTQIA+, principalmente no Brasil, por isso, a cada um que ganha visibilidade, o caminho fica mais claro para os que ainda virão. Ao ser questionado pelo Surto Olímpico sobre a importância de ser um exemplo para essa comunidade no país, Douglas afirma que entende bem a importância de estar, como homem gay, em competições internacionais e de alto nível como as Olimpíadas.


"Somos pessoas iguais, não queremos ser melhores que ninguem, só queremos nosso direitos. Queremos ser tratados da melhor maneira possível, assim como todo mundo. Eu sou a prova viva de que um LGBT pode jogar no esporte de alto nível, assim como qualquer pessoa hetero", afirma Douglas. Além disso, o paulista explicitou que não há problema algum de convivência com colegas devido a sua sexualidade. "É tudo muito tranquilo", comentou.


Mesmo que o grupo de atletas que tratam abertamente de sua sexualidade ainda seja pequeno, Douglas vê  a evolução do esporte como positiva no tema, olhando de forma otimista para o futuro. "Precisamos levantar essa bandeira em busca de igualdade, e é isso que a gente vem fazendo no meio do esporte. Infelizmente ainda engatinhamos nesse momento, mas vamos evoluindo ano após ano", defende.


Na mesma ocasião, o ponteiro ainda aproveitou para comentar sobre sua presença nas redes sociais como uma forma de se aproximar com o público que não terá oportunidade de estar fisicamente presente em Tóquio. "A rede social é uma ferramenta muito positiva para trazer os fãs para mais próximo da gente. Todo mundo está querendo saber como é a vila, como é o quarto, como é o ginásio, porque não vão poder estar ali torcendo para a gente como antes. Também aproveito para mostrar um pouco mais de mim também, conversar um pouco mais com a galera e ficar um pouco mais próximo de todo mundo" completou.


A seleção brasileira masculina estreia no torneio olímpico no próximo dia 24, sábado, às 23h em horário de Brasília, contra a Tunísia.

Foto: Divulgação/FIVB

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