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Guia Tóquio 2020: Ciclismo de Pista

Como funciona o ciclismo de pista na Olimpíada
FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Velódromo Izu
Período: 02/08 a 08/08
Número de delegações participantes: 36
Total de atletas: 189
Provas: 12
Brasil: Não tem

HISTÓRICO
O ciclismo é um dos esportes que formam o núcleo olímpico, com provas de pista e estrada tendo sido disputadas desde Atenas-1896. A única edição que não contou com nenhuma prova de pista foi a de Antuérpia-1912. 

As provas eram exclusivamente masculinas até Seul-1988 quando finalmente as mulheres conseguiram o direito de participar. Desde Londres-2012, existe paridade entre provas masculinas e femininas.

Os britânicos Chris Hoy e Jason Kenny são os maiores nomes da história olímpica, com seis ouros e uma prata cada, inclusive dois ouros em conjunto como membros da equipe de velocidade em 2008 e 2012. Hoy, escocês, ganhou suas medalhas entre 2000 e 2012, enquanto Kenny, inglês, subiu ao pódio entre 2008 e 2016.

Chris Hoy Jason Kenny cycling uk
Aposentado em 2013, Chris Hoy (d.) aconselha o ex-colega de equipe Jason Kenny (d.) no Mundial de 2014 (Foto: PA/Luke Webber)
Outro membro desta geração dourada britânica é Bradley Wigginis, que conseguiu quatro ouros, uma prata e dois bronzes na pista entre Sidney 2000 e Rio 2016, além de um ouro na estrada em Londres 2012, mesmo ano em que ganhou a Tour de France.

Na breve história do ciclismo de pista feminino, quem se destaca é a australiana Anna Meares, com dois ouros, uma prata e três bronzes entre Atenas 2004 e Rio 2016.
Anna Mears australia ciclismo
Lenda australiana Anna Mears foi porta-bandeira de seu país na Abertura da Rio 2016
Num esporte dominado pela Europa, a América do Sul tem dois recordes: o argentino Juan Esteban Curuchet é o ciclista de pista que mais participou de Jogos Olímpicos: 1984, 19188, 1996, 2000, 2004 e 2008, quando aos 43 anos e 197 dias finalmente levou o ouro em Madison ao lado de Walter Pérez. Na época ele era o participante mais velho da história do ciclismo de pista, mas em Londres, a colombiana María Luisa Calle competiu no omnium com 43 dias e 309 dias. Pérez ainda é o medalhista e campeão mais velho.
Walter Fernando Pérez y Juan Esteban Curuchet argentina ciclismo
Walter Fernando Pérez e Juan Esteban Curuchet fazem história para o ciclismo sul-americano (Foto: Fundacion Juan Curuchet) 

BRASIL
Anésio Argenton foi o primeiro representante do país no ciclismo de pista em Jogos Olímpicos, indo para Melbourne-1956 e Roma-1960. Ele ficou em 9º no 1000m time trial e na velocidade individual na Austrália e foi melhor ainda em Roma: caiu cedo também na velocidade, mas se recuperou na repescagem, chegando às quartas de final, e terminou em sexto na corrida contra o relógio.
Anésio Argenton ciclismo brasil
Ouro no Pan de Chicago 1959, Anésio Argenton (1931-2011) com sua coleção de troféus (Foto: Portal Morada)
O Brasil ainda retornou aos velódromos olímpicos entre 1980 e 1992. Na Rio 2016, Gideoni Mondeiro conseguiu vaga olímpica no omnium, terminando em 13º lugar. Nenhum ciclista do país estará presente em Tóquio.

O Brasil conseguiu na pista suas únicas medalhas no Pan de 2015, mas a única medalha alcançada em Lima 2019 no ciclismo pista (velocidade por equipes) foi caçada por doping.
Velocidade das bicicletas do ciclismo de pista

FORMATO DE DISPUTA
As provas do ciclismo pista serão disputadas no Velódromo Izu, entre 02/08 e 08/08. Tanto no masculino, quanto no feminino, são seis modalidades em disputa, totalizando 12 ouros: o Keirin, Madison, Omnium e velocidade individual; além das provas de perseguição e velocidade por equipes. Cada evento tem um formato específico, confira:

As provas mais clássicas são a de velocidade e perseguição.

A velocidade, que ficou de fora apenas em 1904 e 1912, começa com todos fazendo uma volta rápida sozinhos na pista para montar o chaveamento. A partir daí é mata-mata: dois ciclistas disputam uma volta e quem vencer segue vivo. A partir das quartas-de-final a disputa é em melhor de três. Um dado curioso é que os ciclistas fazem três voltas, mas só a última é cronometrada. Assim, as primeiras são mais táticas, e em geral eles ficam lado a lado, evitando o vácuo.

A perseguição só é disputada em equipes nos Jogos Olímpicos. Os atletas largam em lados opostos da pista e a prova termina até que uma equipe alcance a outra, chegando a uma distância de 1 metro.

No Keirin, os atletas percorrem um total de 2km na pista. Uma bicicleta motorizada impõe o ritmo no início até que, nos metros finais, ela sai e os atletas seguem.

Ausente em 2012 e 2016, o Madison volta e pela primeira vez será disputado também pelas mulheres. Disputado em dupla, cada par compete por 50km (200 voltas) no masculino e 30km (120 voltas) no feminino. Enquanto um pedala, o outro descansa. A cada 20 voltas, pontos são distribuídos. Para cada volta dada, a dupla também ganha mais 20 pontos, e para cada volta recebida perde 20. Ganha quem completar mais voltas ao final. 

Omnium significa "todos" em latim e envolve seis etapas: Flying Lap (uma volta rápida), Corrida de Pontos (a cada 10 voltas um sino indica que aquela volta valerá pontos), Scratch (corrida tradicional), corrida de eliminação, perseguição individual, e corrida contra o relógio. A cada disputa, pontos são distribuídos e ao final, vence quem tiver maior acumulado.


ANÁLISES
HOMENS

VELOCIDADE POR EQUIPES 
Eliminatórias e final: 03/08

Favoritos ao ouro: Grã-Bretanha (GBR) e Países Baixos (NED)
Candidatos ao pódio: França (FRA), Nova Zelândia (NZL) e Alemanha (GER)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Chris Hoy (C), Jason Kenny (R) and Jamie Staff (L)
Chris Hoy (c), Jason Kenny (d) and Jamie Staff (e), ouro em Pequim 2008. Desde então Grã-Bretanha nunca perdeu a prova (Foto: Xinhua/Zhang Duo) 
A Grã-Bretanha domina essa prova em Jogos Olímpicos, e busca o tetracampeonato. O time da França tem 100% de aproveitamento em pódios levando o ouro em 2000, prata em 2008 e 2012 e bronze em 2004 e 2016.

Os Países Baixos levaram os três últimos Mundiais e buscam uma medalha inédita na prova, podendo ser até a de ouro. Nova Zelândia, Japão e Alemanha são os outros únicos países a terem levado uma medalha olímpica. Prata em Atenas 2004, o Japão não se garantiram em Tóquio. 

Polônia, Rússia e Austrália completam as oito equipes em disputa, mas precisarão fazer esforço pra surpreender os favoritos.


PERSEGUIÇÃO POR EQUIPES 
Eliminatórias: 02/08 e 03/08
Final: 04/08

Favoritos ao ouro: Grã-Bretanha (GBR), Dinamarca (DEN) e Austrália (AUS)
Candidatos ao pódio: Itália (ITA) e Nova Zelândia (NZL)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Recordistas mundiais, Dinamarca espera romper o domínio britânico (Foto: Cycling tips)
Outra prova do ciclismo de pista em que a Grã-Bretanha domina nos Jogos Olímpicos recentes, vencendo em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. A Dinamarca venceu o Mundial de 2020 com recorde mundial e espera terminar esse domínio, assim como a Austrália, que venceu o Mundial de 2017 e 2019. Itália e Nova Zelândia correm por fora.


OMNIUM
Todas as provas: 05/08

Favoritos ao ouro: Benjamin Thomas (FRA), Jan-Willem van Schip (NED)
Candidatos ao pódio: Matthew Walls (GBR), Campbell Stewart (NZL), Niklas Larsen (DEN), Szymon Sajnok (POL), Albert Torres Barcelo (ESP), Roger Kluge (GER)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Benjamin Thomas (FRA), Jan-Willem van Schip (NED) Matthew Walls (GBR)
Pódio do Mundial de 2020 pode se repetir em Tóquio (Foto: Cor Vos)
O francês Benjamin Thomas venceu dois Mundiais neste ciclo (2017 e 2020), tendo sido vice-campeão em 2019. O neerlandês Jan-Willem van Schip foi vice-mundial em 2018 e 2020 e levou o ouro em Minsk-2019.

O italiano Elia Viviani não participou de muitas provas no velódromo, mas é o atual campeão olímpico e foi prata no Europeu de 2018.

 A Nova Zelândia chegou a Tóquio com dois atletas importantes, e escolheu Campbell Stewart foi campeão mundial em 2019, no lugar de Aaron Gate, campeão mundial em 2013.

Medalhista de bronze e campeão europeu em 2020, o britânico Matthew Walls é um grande nome, deixando de fora o compatriota Ethan Hayter, medalhista de bronze no mundial de 2019. 

O dinamarquês Lasse Norman Hansen foi ouro em Londres e bronze no Rio no Omnium. Ele seria um dos grandes grandes favoritos, mas participará apenas do madison e perseguição por equipes em Tóquio. Niklas Larsen, bronze na perseguição por equipes, será o representante dinamarquês.


VELOCIDADE INDIVIDUAL
Eliminatórias: 04/08 a 06/08
Final: 06/08

Favoritos ao ouro: Harrie Lavreysen (NED) e Jeffrey Hoogland (NED)
Candidatos ao pódio:  Jason Kenny (GBR) e Matthew Glaetzer (AUS)
Podem surpreender: Mateusz Rudyk (POL), Jack Carlin (GBR), Mohd Azizulhasni Awang (MAS), Sebastien Vigier (FRA), Denis Dmitriev (RUS), Ethan Mitchell (NZL), Nicholas Paul (TTO)
Brasil: Não tem

Harrie Lavreysen Jeffrey Hoogland Países Baixos ciclismo
Lavreysen, com a tradicional camisa de arco-íris para os campeões mundiais, e Hoogland: amigos e rivais (Foto: Pro Shots)
Harrie Lavreysen e Jeffrey Hoogland fizeram dobradinha nos Mundiais de 2019 e 2020 para os Países Baixos e são favoritos ao ouro em Tóquio. No Rio, Jason Kenny e Callum Skinner levaram ouro e prata para a Grã-Bretanha. Em Tóquio, Kenny e Jack Carlin vão disputar a prova. 

Kenny, recordista ao lado de Chris Hoy e Bradley Wiggins (ler acima) tem tudo para se tornar o ciclista mais vitorioso em Tóquio, mas seu ciclo olímpico foi fraco nos mundiais, com “apenas” duas pratas em equipes. Ainda assim, não é possível descartá-lo.

Os representantes de Alemanha, Austrália, Rússia ou Nova Zelândia também estarão na briga. Nicholas Paul, responsável pelo único ouro de Trinidad e Tobago em Lima 2019, pode surpreender. Malásia ainda não tem ouro olímpico e ainda que seja azarão, Mohd Azizulhasni Awang foi bronze no mundial de 2020 e é a melhor chance para o título inédito do país.


MADISON
Final: 07/08

Favoritos ao ouro: Roger Kluge e Theo Reinhardt (GER), Lasse Norman Hansen e Niklas Larsen (DEN)
Candidatos ao pódio: Kenny De Ketele e Robbe Ghys (BEL), Benjamin Thomas e Donovan Grondin (FRA)
Podem surpreender: Campbell Stewart e Aaron Gate (NZL), Leigh Howard e Kelland O'Brien (AUS), Albert Torres Barcelo e Sebastian Mora Vedri (ESP), Ethan Hayter e Matthew Walls (GBR), Robin Froidevaux e Thery Schir (SUI)
Brasil: Não tem

Roger Kluge Theo Reinhardt Germany
 Roger Kluge e Theo Reinhardt são os favoritos para o ouro no madison em seu retorno aos Jogos Olímpicos (Foto: Team Vision)
Voltando ao programa olímpico depois de 13 anos, os principais atletas do Madison também devem disputar outras provas. Os alemães Roger Kluge (prata em corrida por pontos em Pequim 2008) e Theo Reinhardt venceram os mundiais de 2018 e 2019 e foram vice em 2020, formando a dupla mais regular no ciclo.

Pela Dinamarca, Lasse Norman Hansen tem três medalhas olímpicas e foi campeão mundial em 2020 com Michael Mørkøv, prata em Pequim na perseguição por equipes. Hansen ainda foi vice mundial em 2019 com Casper von Folsach. Porém, seu parceiro em Tóquio, surpreendentemente, será Niklas Larsen.

O time belga é um forte candidato à medalha. Kenny De Ketele foi bronze no Mundial de 2017 com Moreno De Pauw e em 2019 com Robbe Ghys, que será sua dupla em Tóquio.

Representando a Nova Zelândia, Campbell Stewart foi campeão mundial no Omnium em 2019 e vice em Madison com Aaron Gate - campeão mundial em 2013 também no Omnium e bronze por equipes em Londres 2012 -, podendo surpreender pelo pódio.


KEIRIN
Eliminatórias: 07/08 e 08/08
Final: 08/08

Favoritos ao ouro: Harrie Lavreysen (NED) e Matthijs Büchli (NED)
Candidatos ao pódio: Wakimoto Yuta (JPN), Nitta Yudai (JPN), Jack Carlin (GBR), Jason Kenny (GBR), Stefan Bötticher (GER), Fabián Puerta (COL)
Podem surpreender: Azizulhasni Awang (MAS), Maximilian Dornbach (GER), Matthew Glaetzer (AUS), Sam Dakin (NZL), Sam Webster (NZL)
Brasil: Não tem

Büchli, Kenny e Awang Jogos Olímpicos de tóquio
Medalhistas no Rio, Büchli, Kenny e Awang, buscam novos feitos nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Foto: Yahoo)
Os maiores nomes da velocidade também são favoritos no Keirin: os neerlandeses Harrie Lavreysen, atual campeão mundial, e Matthijs Büchli, que levou o título em 2018. Büchli foi prata no Rio, perdendo para Jason Kenny. Os britânicos tiveram mundiais fracos, mas sempre crescem nos Jogos: Chris Hoy foi campeão em 2008 e 2012. 

Três japoneses levaram a prata consecutivamente em Mundiais: Kawabata Tomoyuki (2018), Nitta Yudai (2019) e Wakimoto Yuta (2020). Os dois últimos foram escolhidos e são esperanças de medalha na Olimpíada em casa. Campeão mundial e vice em 2018, Fabián Puerta seria uma das apostas da Colômbia ao ouro olímpico mas foi banido por uso de doping naquele ano e está suspenso até 2022. Pelo menos cinco atletas podem surpreender e brigar pelo pódio.


MULHERES
VELOCIDADE POR EQUIPES 
Eliminatórias e final: 02/08

Favoritos ao ouro: Alemanha (GER), Austrália (AUS)
Candidatos ao pódio: China (CHN), Países Baixos (NED) e Comitê Olímpico Russo (ROC)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Emma Hinze, líder da equipe alemã de ciclismo, pode sair com três ouros de Tóquio (Foto: UCI / Twitter)
Ouro em Londres-2012, a Alemanha foi campeã mundial em 2020 e é uma das favoritas em Tóquio, ao lado da Austrália, bronze em 2012 e que ficou de fora do pódio em 2016. A Austrália foi campeã mundial em 2019, vice em 2017 e 2020. Campeã olímpica em 2016, a China foi bronze em 2020 e pode crescer na hora certa, assim como Países Baixos e a equipe do Comitê Olímpico Russo.


PERSEGUIÇÃO POR EQUIPES 
Eliminatórias: 02/08 e 03/08
Final: 03/08

Favoritos ao ouro: EUA (USA) e Grã-Bretanha (GBR)
Candidatos à medalha: Austrália (AUS), Alemanha (GER) e Canadá (CAN)
Podem surpreender: Nova Zelândia (NZL) e Itália (ITA)
Brasil: Não tem

EUA Ciclismo Pista
Time norte-americano é tetracampeã mundial, mas ainda busca o ouro olímpico (Foto: UCI / World Cycling)
A Grã-Bretanha venceu os Estados Unidos nas duas finais de perseguição feminina já disputadas (Londres 2012, Rio 2016), mas a equipe norte-americana venceu a Grã-Bretanha nos Mundiais de 2018, 2019 e 2020, além de ter conquistado o título de 2017 diante da Austrália. A equipe oceânica, aliás, chega em Tóquio como forte candidata ao pódio.

Canadá, bronze em Londres 2012 e Rio 2016 (sim, os dois pódios foram idênticos), ficaram em quarto lugar nos Mundiais de 2018, 2019 e 2020. A Alemanha também luta por uma medalha, após ser bronze no Mundial de 2020. Já a Nova Zelândia e a Itália, também com bronzes no ciclo, podem surpreender.


VELOCIDADE INDIVIDUAL
Eliminatórias: 06/08 a 08/08
Final: 08/08

Favoritas ao ouro: Emma Hinze (GER), e Lee Wai Sze (HKG)
Candidatas à medalha:  Lea Sophie Friedrich (GER), Anastasiia Voinova (ROC), Kelsey Mitchell (CAN)
Podem surpreender: Kobayashi Yuka (JPN), Daniela Gaxiola (MEX), Katy Marchant (GBR), Shanne Braspennincx (NED), Laurine van Riessen (NED), Zhong Tianshi (CHN), Bao Shanju (CHN)
Brasil: Não tem

Lee Wai Sze  Hong Kong
Lee Wai Sze é uma das principais esperanças de ouro para Hong Kong em Tóquio 2020 - Foto: Alik Keplicz / AFP
As alemãs são favoritas, principalmente com Emma Hinze, campeã mundial em 2020 na velocidade e keirin. Lea Sophie Friedrich terá a dura missão de substituir a atual campeã olímpica e quatro vezes mundial (2014, 2015, 2017 e 2018), Kristina Vogel, que ficou paraplégica após um forte acidente no velódromo de Cottbus.

Campeã mundial em 2019 (na velocidade e keirin), Lee Wai Sze, de Hong Kong, foi bronze em 2020 e é a atual líder do ranking, sendo a maior chance de um título asiático na modalidade. Assim como a russa Anastasia Voynova, que venceu as alemãs no Europeu de 2019. Kelsey Mitchell, ouro em Lima 2019, ficou em quarto no Mundial de 2020. A chinesa Zhong Tianshi foi campeã mundial em 2016, mesmo ano em que foi fundamental para dar o título olímpico por equipes para seu país.

A australiana Stephanie Morton foi vice-campeã mundial de 2017 a 2019, e era uma das fortes candidatas em Tóquio 2020, mas anunciou a aposentadoria em novembro do ano passado.


KEIRIN
Eliminatórias: 04/08 e 05/08
Final: 05/08

Favoritas ao ouro: Emma Hinze (GER), Lea Sophie Friedrich (GER)
Candidatas ao pódio: Lee Wai Sze (HKO), Simona Krupeckaitė (LTU), Kaarle McCulloch (AUS), Lee Hye-jin (KOR) e Anastasia Voynova (RUS) 
Podem surpreender: Kelsey Mitchell (CAN), Daria Shmeleva (RUS), Kobayashi Yuka (JPN) e Madalyn Godby (USA)
Brasil: Não tem

Lea Sophie Friedrich Alemanha Ciclismo keirin
Léa Sophie Friedrich é uma das esperanças de ouro da Alemanha no ciclismo (Foto: Kacper Pempel / Reuters)
Assim como na velocidade, as alemãs Emma HinzeLea Sophie Friedrich são favoritas, assim como a australiana Stephanie Morton. Além delas, a belga Nicky Dengrendele e a lituana Simona Krupeckaite tiveram ótimos resultados no Keirin neste último ciclo.

Kristina Vogel, foi campeã mundial em 2014, 2016 e 2017 no keirin, mas ficou paraplégica após um forte acidente no velódromo de Cottbus. A australiana Stephanie Morton seria forte candidata ao ouro, mas é outra baixa. Ela anunciou a aposentadoria em novembro do ano passado. A colombiana Martha Bayona Pineda, 3ª melhor do mundo e a belga Nicky Degrendele, 11ª do mundo e campeã mundial em 2018, ficaram de fora pois as regras de qualificação é baseada nos pontos de nação, atrapalhando fortes atletas que não contam com parceiras de equipe na elite mundial.


MADISON 
Final: 06/08

Favoritas ao ouro: Kirsten Wild e Amy Pieters (NED), Laura Kenny e Katie Archibald (GBR) 
Candidatas ao pódio: Nakamura Kisato e Kajihara Yumi (JPN), Amalie Dideriksen e Julie Leth (DEN), Elisa Balsamo e Letizia Paternoster (ITA), Clara Copponi e Marie le Net (FRA), Georgia Baker e Annette Edmondson (AUS), Mariia Novolodskaia e Gulnaz Khatuntseva (ROC), Jolien D'Hoore e Lotte Kopecky (BEL)
Podem surpreender: Lisa Klein e Franziska Brausse (GER)
Brasil: Não tem

Kirsten Wild Amy Pieters Ciclismo países baixos
Bicampeãs mundiais, Wild e Pieters buscam uma inédita medalha olímpica (Foto: Kacper Pempel / Reuters) 
Estreando nos Jogos Olímpicos, o Madison feminino tem uma briga embolada pelo ouro, com duas grandes forças: Países Baixos, com Kirsten Wild e Amy Pieters, e Grã-Bretanha, com Laura Kenny e Katie Archibald. Archibald foi campeã mundial em 2018 com Emily Nelson, e Kenny tem quatro ouros olímpicos, mas iniciou sua carreira no madison recentemente.

Wild e Pieters chegam como grandes favoritas após o bicampeonato mundial em 2019 e 2020 e prata em 2018. Nos Jogos Europeus, elas foram prata em Minsk 2019 e bronze no Campeonato Europeu sempre perdendo para as duplas britânicas.

A dupla do Japão, formada por Nakamura Kisato e Kajihara Yumi, pode se aproveitar e levar uma medalha em casa. A dupla dinamarquesa, bi-campeã europeia em 2018 e 2019 e medalhista de bronze no mundial de 2019 deverá ser a principal adversária.


OMNIUM 
Todas as provas: 08/08

Favoritas ao ouro: Kajihara Yumi (JPN), Kirsten Wild (NED), Letizia Paternoster (ITA)
Candidatas ao pódio: Laura Kenny (GBR), Jennifer Valente (USA), Amalie Dideriksen (DEN), Annette Edmondson (AUS), Anita Yvonne Stenberg (NOR)
Podem surpreender: Holly Edmondston (NZL)
Brasil: Não tem

Yumi Kajihara
Mesmo sem torcida a apoiando, Kajihara buscará fazer história em casa (Foto: Kyodo News)
A neerlandesa Kirsten Wild foi bicampeã no Omnium em 2018 e 2019, mas foi muito mal no scratch de 2020, terminando apenas em sétimo lugar. Melhor para a japonesa Kajihara Yumi, que levou o título. A italiana Letizia Paternoster foi vice-campeã mundial em 2019 e 2020 e quem sabe subirá de nível na hora certa, em Tóquio.

Laura Kenny, campeã mundial e olímpica de 2016), uma das estrelas do Team GB, será forte candidata a medalha e deixou de fora a campeã mundial de 2017, Katie Archibald, do evento.


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