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Aliviado com a volta às competições, barreirista Gabriel Constantino foca na Olimpíada




O barreirista Gabriel Constantino, recordista sul-americano dos 110 m com barreiras, tirou um peso dos ombros neste início de temporada de 2021. Ele pôde participar de quatro Meetings Indoor na Europa, enfrentar adversários fortes e reviver o clima das competições de alto nível, afetado pela pandemia da COVID-19.

Ele voltou da França no dia 16 de fevereiro e seguiu direto do Aeroporto Internacional de São Paulo para participar do Camping Nacional de Treinamento de Provas Individuais, destinado para os atletas qualificados para os Jogos de Tóquio, e realizado até o dia 20 de fevereiro, no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista (SP).

“Fiquei muito tempo fora de competição, ainda mais que senti uma lesão nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Foi muito gratificante ter voltado. Agora as coisas estão tomando um rumo diferente. O pessoal está trabalhando para a realização dos eventos”, comentou Gabriel. “Penso em voltar a competir ao ar livre em maio.”

O atleta do Pinheiros, de 26 anos, ganhou a medalha de prata no Meeting L’Eure, em Val-de-Reuil, e a de bronze em Metz Moselle Athlelor, ambas em 60 m com barreiras em competições em pista coberta na França. O melhor resultado foi 7.65, em Val-de-Reuil, quando foi superado apenas pelo norte-americano Grant Holloway, campeão mundial dos 110 m com barreiras, em Doha-2019, que correu em 7.41.

“Foi importante reviver esse clima. Cerca de 80% dos atletas que estarão nos Jogos Olímpicos também competiram. Pude vê-los de perto, uma grande oportunidade”, disse o atleta, que terminou em sétimo lugar em seu primeiro evento da temporada, em Karsruhe, Alemanha, com 7.76. Gabriel é recordista sul-americano também dos 60 m com barreiras, com 7.60, mesma marca do também brasileiro Márcio Simão de Souza.

Nos 110 m com barreiras, o recorde de Gabriel, orientado por Renan Valdiero, é de 13.18 (0.8), obtido no dia 9 de julho de 2019, em Székesfehérvár, Hungria. No ano passado, ainda conseguiu competir em Doha e Roma, após o Camping de Rio Maior, em Portugal, mas havia perdido muito tempo na quarentena obrigatória no Brasil.

Em 2020, ficou quase um mês no Centro Olímpico dos Estados Unidos, em Chula Vista, na Califórnia, mas teve de voltar para casa com o fechamento das fronteiras por causa da pandemia. Agora, seus planos são de voltar novamente para Chula Vista e ter a oportunidade de competir, embora tenha iniciado agora um bloco mais pesado de treinamentos, visando a Olimpíada. “Esta será a penúltima fase de preparação, pensando em Tóquio. Temos de escolher bem as provas em que vou disputar, ver quais realmente valem a pena correr”, comentou.

Renan Valdiero, que orienta também a velocista Rosangela Santos, recordista sul-americana nos 100 m (10.91), disse que o Camping de Bragança Paulista foi muito importante. “Até por isso seguiu direto da Europa para as atividades programadas pela CBAt e COB. As avaliações feitas pelo Laboratório Olímpico são essenciais para ver como o Gabriel está nessa fase de treinamento”, afirmou. “Ele deve ser reavaliado dentro de algumas semanas novamente para comparações.”

O treinador concorda com Gabriel sobre a importância das competições na Europa. “Devido à condição mundial em que a gente vive, por ficar muito tempo sem competir, as provas foram bem positivas. É importante estar nesse clima competitivo e enfrentar alguns dos melhores atletas do mundo”, disse.

Foto: Divulgação

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