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Atletas do Judô paralímpico do Brasil se animam com a confirmação do qualificatório para Tóquio




O mundo do judô paralímpico recebeu com grande empolgação a confirmação do primeiro evento oficial desde o início da pandemia. Nos dias 24 e 25 de maio, a cidade de Baku, no Azerbaijão, sediará um Grand Prix que contará pontos no ranking mundial e, consequentemente, ajudará quem ainda batalha por um lugar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com início marcado para agosto.


Das modalidades paralímpicas geridas pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), apenas o judô permanece com vagas em aberto, uma vez que antes da pandemia atingir o mundo havia duas etapas qualificatórias previstas que precisaram ser adiadas – além de Baku, Nottingham também cancelou seu GP.


Ao todo, 13 brasileiros tentam carimbar passaporte rumo ao Japão – cada seleção nacional pode ter, no máximo, sete homens e seis mulheres classificadas (o torneio em Tóquio reserva 80 vagas para os homens e 58 para as mulheres). O judô já garantiu ao Brasil 22 medalhas na história das Paralimpíadas.


"É uma notícia muito boa, bem animadora. A gente vivia uma incerteza muito grande das competições, e saber que vai haver o evento em Baku traz um ânimo. Estamos há mais de um ano sem ter contato com os atletas lá de fora. Já estou classificada, mas é muito importante os confrontos para colocar em prática o que venho treinando", diz Alana Maldonado, atual campeã mundial na categoria até 70 kg e medalhista de prata na Rio 2016.


O último evento oficial da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) foi o American Championship, considerado um Pan-Americano da modalidade, em janeiro de 2020, em Montreal, no Canadá. Os brasileiros ainda disputaram o Aberto da Alemanha, no mês seguinte, e fizeram um intercâmbio na Espanha, o último contato que tiveram com rivais estrangeiros.


"Para a gente, dá um gás a mais, porque estávamos um pouco desanimados sem competições. Vamos sentir na pele como serão a preparação e a competitividade pré-Paralimpíada. Acredito que tenha afetado o treinamento de todos e sentiremos esse novo normal", afirma Thiego Marques, da categoria até 60 kg, que ainda tenta se garantir em Tóquio.


"Essa competição dá uma alegria e um up na preparação, saber que tem um evento importante antes dos Jogos. Dá para trabalhar, testar algumas coisas e servirá de prévia", atesta Lúcia Teixeira, da categoria até 57 kg, que buscará no Japão sua terceira medalha paralímpica – foi prata no Rio 2016 e em Londres 2012 .


"É uma competição de altíssimo nível e muito importante para definir as vagas para a Paralimpíada. Venho treinando forte mesmo com medidas restritivas e essa é uma grande oportunidade para buscar minha vaga em Tóquio", fala Maria Núbea Lins (até 52 kg).


A Seleção Brasileira vai se reunir para sua primeira fase de treinamentos da temporada no próximo dia 19 e ficará concentrada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até o dia 28.


Foto: CBDV/Divulgação

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