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Com protocolos e ansiedade, equipe brasileira viaja para o Mundial de Meia Maratona



A ansiedade é um obstáculo natural para a seleção brasileira para a disputa do Campeonato Mundial de Meia Maratona, que será realizado no sábado (17), na cidade de Gdynia, Polônia. Afinal, com os calendários nacional e internacional, totalmente comprometidos pela pandemia da COVID-19, os atletas querem voltar logo à rotina das competições, ainda mais num evento tão importante da World Athletics (ex-IAAF).

A delegação embarcou, confiante, para o evento na quarta-feira (14). Será a retomada das grandes competições da WA, depois de quase sete meses. O evento terá apenas a categoria elite. Os cerca de 27.000 amadores inscritos na competição, inicialmente prevista para o dia 29 de março, podem participar de uma prova virtual.

Foram chamados Ederson Vilela Pereira (Pinheiros), Daniel Ferreira do Nascimento (ABDA) e Gilmar Silvestre Lopes (Cruzeiro/Caixa) no masculino, Valdilene dos Santos Silva e Andreia Aparecida Hessel (ambas do Pinheiros), no feminino. Todos os atletas alcançaram os índices fixados pelos critérios de convocação estabelecidos pelo Conselho Técnico da CBAt.

Líder do ranking brasileiro da prova de 2020, Daniel Ferreira do Nascimento (ABDA Atletismo) está animado para a competição. Ele obteve o tempo de 1:04:34 ao vencer a Meia Maratona de São Paulo, em fevereiro. “Estou muito confiante para disputar e representar o Brasil no Mundial, meu primeiro na categoria adulto. Conseguimos fazer uma boa preparação e espero obter uma grande marca no Mundial”, comentou o paulista de 22 anos, recordista brasileiro sub-20 dos 10.000 m (29:13:34) e sub-18 dos 3.000 m (8:26:90) e dos 2.000 m com obstáculos (5:45:22).

O técnico Neto Gonçalves, de Bauru, lembra que após o início da pandemia, Daniel não participou de nenhuma competição. “Ele fez uma prova de 3.000 m com obstáculos no dia 14 de março, em Bragança Paulista. Continuou treinando até abril. Depois tirou um período de descanso. Treinou muito bem, mesmo isolado. Correu muito em estrada de terra. Em julho fez uma live de 10.000 m, onde conseguiu correr bem. Viaja em condições de buscar uma boa marca na Polônia”, comentou o treinador.

Já o técnico Claudio Castilho lembra que a ansiedade é natural, devido aos problemas causados pela pandemia. “A Valdilene e a Andreia, que treinam comigo, estão bem, mas há muito tempo sem competir, assim como a maioria dos atletas brasileiros. A diferença é que elas vão ter uma grande oportunidade, de correr no alto nível, num cenário em que no mundo afora atletas não param de bater recordes. Parece que o mundo não parou”, disse o treinador do Brasil. “Elas estão treinando para a Maratona de Valência, marcada para o dia 6 de dezembro, quando tentarão buscar o índice para Tóquio (2:29:30). A competição será forte, mas a expectativa é boa, não tem ninguém machucado. Otimismo é grande para fazer uma boa participação.”

Todos os integrantes da delegação brasileira deverão atender às determinações previstas nos protocolos inseridos nas Políticas de Saúde Pública da Polônia, como o uso de máscaras em todos os locais públicos, exceto nas refeições, nos treinamentos e competições.

Há também o Protocolo de Liberação Médica, que consiste em dois estágios: 1 – Antes da viagem para Gdynia realizar uma consulta com o médico que o acompanha no dia seu dia a dia para aferição de sintomas do Covid-19, além de realizar exame PCR entre os dias 9 e 14 de outubro: o resultado deve ser negativo; 2 – na chegada a Gdynia, o Departamento Médico do Comitê Organizador em conjunto com o responsável médico da World Athletics realizará um segundo exame PCR em todos os membros da equipe, no hotel oficial da competição. Todos deverão se manter isolados em seus quartos até receberem os resultados dos testes.

Foto: Wagner Carmo/CBAt

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