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Companheiras de treino, Raissa Rocha e Fernanda Borges compartilham técnico e vitórias no atletismo


Em uma live realizada na sexta-feira, 24, as lançadoras Raissa Rocha e Fernanda Borges, do atletismo de campo, relembraram momentos marcantes de suas carreiras em um bate-papo transmitido nos perfis do Instagram do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB). 

A baiana Raissa Rocha, 24 anos, e a gaúcha Fernanda Borges, 31, deixaram suas famílias em suas respectivas cidades interioranas para treinaram em São Paulo com João Paulo Alves da Cunha, treinador de atletas de campo do Brasil. “Quando me propuseram que me mudasse para treinar e falaram que era com o João Paulo, eu não pensei duas vezes e aceitei, porque sabia que com ele iria evoluir muito. Ele é um paizão para mim”, lembrou Raissa que cresceu em Uberaba, Minas Gerais. 

A lançadora de dardo Raissa Rocha se locomove com uma cadeira de rodas devido a sua má-formação congênita nas pernas. Ela iniciou no atletismo por meio da corrida. Quando tinha 12 anos, segurou um dardo pela primeira vez. Desde então, Raissa se dedica à modalidade de campo na classe F56. Ela já havia conquistado uma prata no lançamento de dardo no Mundial de Atletismo em Doha 2015 quando integrou a delegação brasileira dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. 

“Eu não rendi nada no Rio. Não digo que foi triste nem bom. Foi um aprendizado. Ali, eu decidi ser a atleta que sou hoje. Não perdi para as minhas adversárias, perdi para mim mesma. Meu psicológico estava muito abalado e quando vi aquele monte de gente no estádio assistindo, percebi que não estava pronta”, explicou Raissa que ficou em sexto na prova de lançamento de dardo da classe F56. 

Após muito treino, veio a recompensa. Em 2019, a atleta se sagrou campeã parapan-americana em Lima. “Eu sempre quis subir ao pódio e ouvir o hino do meu país. Olhar nos olhos do meu treinador, que estava tirando muitas fotos, e sentir que o dever foi cumprido independente de qualquer coisa, porque tudo pode acontecer em uma competição”, relatou Raissa, que ainda foi bronze no Mundial da modalidade em Dubai três meses depois. 

Dois mil e dezenove também foi um ano de bons resultados para Fernanda. A atleta conquistou o bronze no lançamento de disco nos jogos Pan-Americanos de Lima e ficou em sexto na mesma prova no Mundial de Atletismo em Doha, no Catar. 

“Eu estava em uma fase muito boa no Mundial. Queria ficar entre as 12 melhores e ir para a final e consegui. Então, quis ficar entre as oito e fiquei em sexto. Foi como se estivesse em primeiro. Foi muito mágico e especial. Eu fui com um objetivo na cabeça e cumpri a missão”, narrou Fernanda. 

A lançadora de disco faz parte de um grupo de atletas olímpicos que treinam no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo: “Aprendo muito com vocês [atletas paralímpicos]. Vão treinar com alegria todos os dias. Estão lá antes das 7h da manhã. Quando eu chego um pouco mais tarde, fazem piada perguntando se vim para o almoço. O clima é muito agradável. Tenho profunda admiração por vocês. Independentemente do que aconteça, me falam para seguir em frente e me dão força”, comentou.

Foto: MPIX/CPB

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