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Investigação independente aponta esquemas de corrupção na IWF


Após quatro meses de investigação independente, o professor especializado em direito do esporte, Richard McLaren, concluiu que a Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF) está sofrendo com diversos casos de corrupção dentro da entidade. Foi descoberto que mais de US$ 10 milhões desapareceram do caixa da organização. Além disso, 40 testes positivos para doping foram encobertados e também há indícios de compra de votos nos dois últimos congressos eleitorais. 

McLaren criticou duramente o ex-presidente da IWF, Tamás Aján e sua "liderança autoritária e autocrática", no cargo onde atuou por 44 anos. A investigação aponta para uma 'obsessão pelo controle e uma cultura de espalhar medo' venerada por Aján, que só deixou a entidade após ser suspenso em janeiro deste ano e renunciar em abril. 

A investigação aponta ainda que a compra de votos foi mediada por "corretores de votos" e que eles pagaram não só pelos votos em Aján, mas também pelos seus apoiadores, para que ganhassem uma cadeira no Conselho Executivo da IWF. Tais ações decretam a violação do estatuto do esporte em procedimentos disciplinares e de ética.

As verificações foram instauradas após o documentário 'Lord of the Lifters' (Senhor dos Levantadores), do jornalista Hajo Seppelt, ter tornado-se público no canal de televisão alemão ARD, em janeiro. O documentário mostra que levantadores de peso predominantemente da Tailândia são incentivados a usar substâncias proibidas para melhorar o desempenho.

Aján recebia pagamentos para acobertar os casos de doping desses atletas. O levantamento de peso tem grande histórico de trapaça nas competições. Nos últimos 10 anos, mais de 600 atletas da modalidade tiveram teste positivo para doping.

Os 40 casos de doping acobertados por Aján foram repassados para a Agência Mundial Antidoping (WADA), que deverá se pronunciar em breve.

De acordo com as investigações, os registros financeiros da IWF contabilizam uma sequência de números incompletos, distorcidos e errados, revelando a imprecisão dos valores de despesas e receitas do caixa da entidade. 

Segundo as averiguações, a liderança autoritária de Aján resultou em supervisões ineficazes de seu governo, uma vez que isso passava um mal entendimento da real situação da federação para o Conselho Executivo. Ele impedia que qualquer pessoa entendesse sobre os assuntos gerais da entidade. 

Foto: Reprodução/IWF

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