Ex-técnico da seleção brasileira e dos Estados Unidos no hipismo, o americano George H. Morris, de 81 anos, foi banido para o resto da vida do esporte após uma investigação sobre abuso sexual envolvendo menores de idade.
A decisão foi publicada nesta terça-feira(19), mas o ex-treinador, que é considerado uma lenda do hipismo, já estava afastado desde agosto pela Equestrian Federation. Organização responsável por investigar casos de má conduta em esportes olímpicos, a U.S. Center for SafeSport o excluiu permanentemente após julgar um recurso apresentado por ele. A informação é do jornal New York Times.
"Não importa o quão importante é a pessoa no campo esportivo, ou o fato de as acusações serem antigas, ninguém está livre de prestar contas" disse Ju'Riese Colón, diretora executiva do SafeSport em um comunicado emitido nesta terça-feira.
Ao menos duas pessoas se apresentaram e declararam ter sido vítimas de George H. Morris quando ainda eram menores de idade. As acusações de abuso, ocorridas nos anos 1960 e 1970, resultaram numa investigação que durou meses.
"As conclusões dessa investigação, cujos detalhes o centro guarda sigilo para proteger as vítimas, justificaram a sua expulsão, proibindo-o perenemente de atuar como treinador. É a penalidade mais dura já estabelecida pelo centro e uma medida que não foi adotada levianamente", Completou Ju'Riese.
Não cabe mais recurso por parte do americano. Somente a proibição provisória inicial já tinha provocado uma erupção no mundo equestre, já que o ex-treinador era ídolo de muitos praticantes e amantes da modalidade. Cavaleiros olímpicos, inclusive, foram correndo defender o ex-técnico e criticar seus acusadores.
Morris levou a medalha de prata nos saltos na Olimpíada de 1960, em Roma, antes de se tornar técnico e comandar as equipes do Brasil e dos Estados Unidos. Ele foi treinador da seleção na Rio 2016.
foto: Trevor Meeks
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